Dia Nacional da Cachaça: Bebida ganha novos sabores, que agradam diferentes paladares

Foto: Reprodução

Bebida tradicional do Brasil e exportada para mais de 60 países, a cachaça, que tem até dia nacional de comemoração, na segunda-feira (13), vem ganhando o seu espaço ao sol, entre os destilados mais consumidos no mundo, como whisky, gin e vodka.


Há alguns anos, os aprimoramentos na produção da cachaça, principalmente as artesanais, tem feito com que a bebida ganhe novo status, sendo degustada por pessoas de paladares exigentes e apurados. Foram criadas as linhas Premium, novas composições e bebidas à base da cachaça.

Para os apreciadores da bebida, o sommelier do Pátio Gourmet, Alexsander de Oliveira, dá algumas dicas de rótulos para serem degustados. No Brasil, existem cachaças de níveis industrial e artesanal. Alexsander diz que as melhores são as artesanais, porque são produzidas em menor escala, resultando em uma bebida única.

Segundo ele, as cachaças artesanais são classificadas por seu tempo de envelhecimento e de permanência em barril. Diferente do vinho, que o melhor barril para armazená-lo é o que é feito com carvalho, a cachaça pode ser mantida em recipientes de madeira de umburana, ipê, canela, carvalho, bálsamo, entre outros tipos. “A forma de armazenamento vai conferir maciez, aromas e um sabor muito característico da madeira na bebida”, explicou.

De acordo com Alexsander, no universo das cachaças artesanais há espaço para harmonizações, mas por ser uma bebida destilada, com níveis alcoólicos muito superiores à cerveja e ao vinho, por exemplo, é preciso atenção. “Culturalmente entendemos que a cachaça é um acompanhamento perfeito para petiscos”, disse.

Alexsander ressalta que ao pensar em harmonizações é preciso avaliar o peso da bebida (estrutura), intensidade de sabor e a sua persistência no paladar. Por ter uma concentração maior de álcool, a cachaça combina com comidas gordurosas, de sabor forte como o torresmo de porco e coxinhas. Na amazônia há uma grande variedade de peixes mais gordurosos, terrosos e de sabor forte que também harmonizam bem esse tipo de bebida. Os queijos defumados também são ótimos acompanhamentos para a cachaça.

No Pátio Gourmet, o consumidor encontra uma grande variedade de cachaças, que combinam com diferentes ocasiões, e pode contar com o suporte especializado do sommelier Alexsander de Oliveira, para orientar na escolha. Entre os rótulos disponíveis, está o Reserva 51, que é uma cachaça extra premium 100% envelhecida em barris de carvalho. Outra sugestão são as cachaças Salinas, envelhecidas em barris de ipê, umburana e bálsamo.

A história

Pode-se dizer que a história da cachaça acompanha a história do próprio Brasil. Seu surgimento foi no período Colonial, sendo “descoberta” pelos escravos, no período do ciclo de açúcar. Curiosamente, a fabricação da cachaça só ocorria quando o processo das rapaduras dava errado.

No processo de fabricação da rapadura, a cana era moída e fervia-se a garapa. Quando dava errado e o caldo fermentava, era preciso jogar fora. Esse caldo esverdeado e escuro era chamado pelos escravos de cagaça, fazendo referência a algo que deu errado. O caldo era consumido por alguns escravos que, após beberem, sentiam o efeito era da euforia.

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