Diabetes mata em cinco anos, mais de 7 mil pessoas no Amazonas

Em 5 anos 7 mil pessoas morreram vítimas de diabetes/Foto: Ilustrativa

É raro encontrar hoje em dia quem tenha disponibilidade de cozinhar alimentos frescos diariamente, e fazer todas as refeições em casa. Principalmente nos centros urbanos, as famílias têm cada vez mais se distanciado dessa prática tão comum décadas atrás. O reflexo de consumir alimentos processados, ricos em calorias, gorduras trans, sódio e açúcares é o aumento significativo de uma série de doenças. A diabetes é uma delas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2006 5,5% da população brasileira era diabética. No ano passado, esse número saltou para 7,4%. Já informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), apontam que mais de 180 mil pessoas sofrem de diabetes no Amazonas e que, deste número, 47 mil são pacientes infantis, com idade até 12 anos incompletos. Nos últimos cinco anos, a doença já matou quase sete mil pessoas no estado.


Como forma de alertar as pessoas e também para cobrar do poder público políticas de controle do aumento da doença, foi criado o Dia Mundial do Diabetes, lembrado na próxima segunda-feira (14). Um dos focos de ação é a prevenção contra a obesidade, principal fator de risco para o surgimento do diabetes tipo 2. O endocrinologista e consultor médico do Laboratório Sabin, Juliano Zakir, explica que essa variedade da doença surge de forma tardia e é caracterizada, geralmente, pela resistência à ação da insulina e por graus variáveis de deficiência desse hormônio.

Em 5 anos 7 mil pessoas morreram vítimas de diabetes/Foto: Ilustrativa
Em 5 anos 7 mil pessoas morreram vítimas de diabetes no AM/Foto: Ilustrativa

Atualmente, no Brasil, 52,5% da população têm excesso de peso. No Amazonas e em Manaus os dados também não são animadores: só na capital, 19% da população adulta está obesa e 56% acima do peso, o que é mais que as médias nacionais de 17% e 52,5%, respectivamente. Entre as crianças, cerca de 30% têm excesso de peso.

“A obesidade, alimentação inadequada e sedentarismo são alguns dos fatores ambientais causadores da doença, mas a herança dos genes dos pais também pode ser uma possível causa, daí a necessidade de se fazer exames periódicos”, explica o especialista.

Por meio de testes de glicemia e hemoglobina glicada é possível detectar se a pessoa é portadora ou não da doença. “Com uma amostra de sangue é possível fazer o diagnóstico, podendo ser realizado em qualquer faixa etária. Além disso, os exames são muito precisos e permitem um resultado de certeza”, afirma Zakir.

O consultor médico do Sabin diz, ainda, que é preciso praticar atividades físicas e manter uma alimentação balanceada para se precaver da doença. No caso das crianças, a ‘fiscalização’ dos pais é primordial para a prevenção do diabetes. “Os pais precisam orientar os filhos a manter hábitos saudáveis e evitar excesso de alimentos ricos em açúcares. A prevenção vem desde a gravidez, com os cuidados alimentares da mãe”, ressalta Zakir.

Sintomas de diabetes tipo 2

As pessoas com diabetes tipo 2 geralmente não apresentam sintomas no começo da doença, que pode, inclusive, permanecer assintomática por muito anos. Nos casos em que eles se manifestam, é comum que o paciente tenha: infecções recorrentes, alterações na visão (que fica embaçada), feridas que custam a cicatrizar, vontade de urinar frequente, formigamento nos pés e furúnculos, muita fome e sede constante.

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