‘Dilma em Baixa’, por Garcia Neto

Garcia Neto


Por Garcia Neto

O mês de abril se foi deixando um saldo de extremadas conturbações políticas no Planalto, demonstradas com nitidez dos problemas que as alianças do governo tiveram, com o PMDB derrubando alguns projetos na Câmara dos Deputados, o que pode contribuir para o sonho da reeleição da presidente Dilma Rousseff virar pesadelo.

Vários eventos no país colaboraram para a queda de popularidade da presidente, entre eles os protestos de junho, somados à greve geral de sindicalistas; as vaias dos prefeitos; o sepultamento da proposta de plebiscito; o escândalo do mensalão e, por último, a aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobrás, podem por fim a era petista no Brasil.

Diante desse quadro, a oposição começa a dar sinais de crescimento, com a perspectiva de levar Aécio Neves e Eduardo Campos ao segundo turno. Mesmo com o cenário eleitoral em dúvidas, analistas políticos concordam que Dilma pode sair do prejuízo se conseguir melhorar a economia brasileira, garantindo a geração de emprego e a manutenção da inflação dentro da meta.

Recente pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) revelou que Dilma Rousseff caiu 6,7 pontos por não conseguir se afirmar como política e nem como gestora. Como se não bastasse, a crise com a debandada de aliados e correligionários só fortalece o movimento “volta Lula” como o salvador da pátria.

Dilma ainda mostra fôlego político ao anunciar – “para o trabalhador do país” – um reajuste de 10% nos benefícios do Bolsa Família a 36 milhões de brasileiros beneficiários do Programa Brasil sem Miséria. Será que o povo brasileiro, o trabalhador de verdade, prefere trabalho digno e um salário digno ou um bolsa família?

Seria de bom grado se Dilma tivesse anunciado que não daria descanso aos corruptos de toda ordem deste país. Ao invés do reajuste de 10 por cento a bolsistas mamateiros criados pelo Lula, daria aos aposentados que já contribuíram muito e viram o seu dinheiro (bilhões de reais) parar no bolso dos banqueiros e do próprio Governo.

Vejam como ficou a inspiração dos petistas no trabalho na arte dos conflitos: Maio/2014, aumento de 10% aos mamateiros do Bolsa Família; Janeiro/2014, reajuste de 5,56% aos aposentados da Previdência.

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