
MANAUS | O diretor-presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, foi exonerado na segunda-feira (9), após a Polícia Federal deflagrar uma operação de combate à corrupção no órgão, conforme informado pelo governo estadual.
Na ação, foram apreendidos e bloqueados bens avaliados em quase R$ 1 bilhão, que pertenciam a organização criminosa suspeita de vender ilegalmente créditos de carbono de áreas da União.
Segundo as investigações, servidores do Ipaam utilizavam seus cargos para facilitar práticas ilegais, como emissão de licenças ambientais fraudulentas, suspensão de multas e autorizações irregulares para desmatamento.
Juliano Valente foi nomeado diretor-presidente do Ipaam no primeiro mandato de Wilson Lima, em 2019, e reconduzido ao cargo no segundo mandato, em 2023.
De acordo com a PF, os envolvidos já haviam sido indiciados em 2019 durante a Operação Arquimedes, que investigou crimes semelhantes. Nesta fase, estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão, além de prisões preventivas, expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal de Manaus, como parte das ações para desarticular o esquema criminoso.