Número de armas registradas na Polícia Federal passou de 637 mil, em 2017, para 1,2 milhão, em 2020. Além de novas pessoas se cadastrando para ter armas, houve também um aumento do arsenal.
Decretos editados pelo presidente Jair Bolsonaro e a formalização da PF, em agosto de 2020, para a compra de quatro armas de fogo por pessoa, fizeram com que mais armas entrassem em circulação.
O Brasil dobrou o número de armas nas mãos de civis em apenas três anos, de acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quinta-feira (15).
Em 2017, segundo a Polícia Federal, o Sistema Nacional de Armas (Sinarm) contabilizava 637.972 registros de armas ativos. Ao final de 2020, o número subiu para 1.279.491 – um aumento de mais de 100%.
Além disso, o número de pessoas físicas que pediram registros para atuarem como caçadores, atiradores desportivos e colecionadores (os chamados CACs) ao Exército Brasileiro aumentou 43,3% em um ano: de 200,1 mil pessoas, em 2019, para 286,9 mil, em 2020.
O crescimento no número de registros ocorreu no Brasil como um todo, mas em algumas unidades da federação o aumento foi muito maior que a média nacional. Onze unidades tiveram aumento superior aos 100% desde 2017, como o Distrito Federal, que saltou de 35.693 registros para 236.296 em 2020, um aumento de 562%.
Brasil teve 50 mil mortes violentas em 2020, um aumento de 5% em plena pandemia após dois anos de queda, mostra Anuário da Polícia Federal.
G1