Doze trabalhadores em situação de trabalho escravo foram resgatados de cafezais

Foto: Reprodução

Uma força-tarefa resgatou 12 trabalhadores que estavam em situação análoga à escravidão em cafezais da região de Poços de Caldas (MG). A fiscalização começou no dia 13 de julho e terminou nesta quarta-feira (21). Nesta terça-feira (20), outra operação resgatou 63 trabalhadores em Boa Esperança e Ilicínea.


A força-tarefa não divulgou os nomes dos criminosos que mantinham os trabalhadores em situação de trabalho escravo. Ninguém foi preso.

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A operação foi realizada pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), com a participação do Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e Polícia Rodoviária Federal.

Foram fiscalizadas três fazendas de café, localizadas em um raio de 50 km de Poços de Caldas, nas cidades de Cabo Verde, Poço Fundo e Campestre. Em uma das fazendas, a força-tarefa encontrou 12 trabalhadores alojados em um casarão velho, com más condições de higiene e salubridade. Essas pessoas foram encaminhadas para uma acomodação, custeada pelo dono da fazenda.

Além dessas pessoas, outros 44 trabalhadores das outras duas fazendas estavam sem parte dos direitos trabalhistas. Em uma delas, foram encontrados 23 trabalhadores na colheita.

Parte dos direitos trabalhistas desses profissionais não estava sendo respeitado, segundo os auditores-fiscais do trabalho. Os trabalhadores deveriam pagar pelas próprias máquinas e pelo combustível que eram utilizados na colheita.

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Na outra fazenda, foram encontrados nove trabalhadores que também estavam sem parte dos direitos trabalhistas.

A ação começou após o setor de inteligência verificar que estava ocorrendo o aliciamento de trabalhadores do Norte de Minas Gerais e do Estado da Bahia para trabalhar na colheita de café e sem cumprimento de exigências legais.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, todos os trabalhadores foram atraídos por uma oferta de trabalho na colheita do café. Eles vieram do Norte de Minas Gerais e da Bahia entre maio e junho.

Ainda de acordo com a PRF, os 12 trabalhadores em situação análoga à escravidão receberam as verbas rescisórias, cujo total foi de R$ 49 mil. O empregador ainda deverá arcar com as multas aplicadas pelo desrespeito à legislação trabalhista.

Além da indenização, os empregadores custearam as despesas para que as 12 pessoas em situação análoga à escravidão fossem conduzidas de retorno aos seus lares, no Norte do estado. Os trabalhadores também receberam o pagamento referente aos direitos trabalhistas.

Fonte: G1

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