
O advogado Rodrigo Tacla Duran, que recentemente acusou um amigo do juiz Sergio Moro de vender favores na Lava Jato, agendou para o dia 26 de setembro um depoimento por videoconferência à Câmara dos Deputados.
Recentemente, Tacla Duran acusou o advogado Carlos Zucolotto Júnior, amigo e padrinho de casamento do juiz Sergio Moro, de negociar delações premiadas paralelamente à Lava Jato, uma espécie de venda de favores como redução de penas e multas.

Moro nega as acusações, assim como Zucolotto. Tacla Duran escreve um livro com acusações à Odebrecht e à Lava Jato. Zucolotto foi padrinho de casamento do juiz Sergio Moro. Os dois amigos saem juntos -recentemente, foram a um show do Skank, em Curitiba, e posaram com o vocalista da banda, Samuel Rosa, nos bastidores.
Rodrigo Tacla Durán se transformou em uma bomba-relógio. Em um dos homens mais temidos pelos presidentes e altos funcionários da América Latina. Aos 44 anos, este advogado conhece bem os segredos da Odebrecht, a gigante brasileira da construção que abalou as estruturas políticas do continente depois de confirmar o pagamento de subornos milionários a Governos de 12 países.
Até 2016, Tacla trabalhou como advogado do Departamento de Operações Estruturadas da empresa, a hermética unidade de negócios especializada em comprar vontades. Campanhas eleitorais, presentes, festas, prostitutas… Tudo valia para afagar os políticos.
Como contrapartida, presidentes e chefes de Estado correspondiam com contratos de obras públicas, principal fonte de receita da maior construtora da América Latina. Um colosso com 168.000 empregados e tentáculos em 28 países.

O EL PAÍS localizou em Madri esse advogado de nacionalidade hispano-brasileira que foi preso em novembro por ordem do juiz Sérgio Moro, de Curitiba, magistrado-estrela da Operação Lava Jato. Depois de passar 72 dias na prisão de Soto del Real –acusado de suborno e lavagem de dinheiro–, encontra-se em liberdade provisória.
Tacla será julgado na Espanha depois que um tribunal superior do país rejeitou o pedido de extradição feito para que voltasse a seu país natal, Brasil. O advogado conseguiu nacionalidade espanhola em 1994, porque seu pai e avô eram galegos.
O advogado, que está colaborando com o Departamento de Justiça dos EUA e a Procuradoria anticorrupção espanhola, revela em sua primeira entrevista os pontos-chave do maior escândalo da América.
Uma bomba política carregada de metralha que já afeta os presidentes Michel Temer (Brasil), Juan Manuel Santos (Colômbia) e Danilo Medina (República Dominicana).
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