É o que temos para hoje(Por George Dantas)

Ambientalista George Dantas(AM)

Com a iminente queda do governo Dilma Rousseff por conta do processo acelerado de impeachment na Câmara Federal, ou mesmo, do julgamento da impugnação da chapa Dilma-Temer no TSE, o cenário que surgirá é no mínimo tenebroso.
Num primeiro momento, assumiria o cargo o vice-presidente Michel Temer/PMDB pela regra constitucional, o qual passaria a trabalhar em paralelo com o presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha/PMDB e com o presidente do Senado Federal/Congresso Renan Calheiros/PMDB, gerando assim uma administração completa da República nas hostes dos peemedebistas.


Esse cenário, embora constitucional, traria para o Brasil o que temos de pior na administração pública com todos esses líderes partidários sem as mínimas condições éticas de liderar a nação rumo a novo jeito de se fazer politica com P maiúsculo, tal como a sociedade espera.

Michel Temer (PMDB-SP), atual Vice-Presidente da República é partícipe da desastrada administração Dilma Rousseff e foi coautor das tramoias disparadas no processo eleitoral onde restou patenteado o verdadeiro estelionato eleitoral onde os mesmos venderam um “pais maravilha” enganando uma grande parcela da sociedade que acreditaram no projeto de governo do PT/PMDB e agora, quando Temer observa o castelo de areia deste governo ruir decide, juntamente com seus apaniguados, pular fora do barco governista, demonstrando uma atitude nada republicana com seus parceiros de (des)governo. Seria mesmo essa a nossa opção presidencial? É o que temos para hoje.

Renan Calheiros (PMDB-AL), atual Presidente do Senado é aliado de primeira hora do Palácio do Planalto, também é partícipe da desastrada administração Dilma Rousseff e  já teve um processo de impeachment nas costas e renunciou a Presidência do Senado em 2007 para não ficar inelegível. Agora, novamente presidente do Senado,  pesa contra ele uma denuncia apresentada em 2013 pela PGR acusando-o de peculato, uso de documento falso e falsidade ideológica. Imagina que País teremos com Renan na presidência do Brasil. Seria mesmo essa nossa opção na linha sucessória do governo? É o que temos para hoje.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), atual Presidente da Câmara é o mais emblemático de todos esses líderes do PMDB. A Rede e o PSOL entraram com uma representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar, alegando que o deputado mentiu em depoimento a CPI da Petrobrás, negando que tivesse contas no exterior, no que foi completamente desmascarado pela Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobrás mostram que o mesmo tem contas na Suíça.

Embora esteja enfrentando duas frentes de batalha, segue procrastinando o processo na comissão de ética que se arrastra há meses e nada vai pra frente, da mesma forma que a denuncia do Procurador Geral da Republica não prospera no STF. Lembrando que com todo esse curriculum, o deputado Eduardo Cunha é responsável por conduzir o processo de abertura do impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara Federal. Seria ele o cidadão mais indicado para conduzir esse processo? É o que temos para hoje.

A república de Curitiba, conduzida hoje pelo MPF e a Força-Tarefa da Operação Lava Jato, nomeada que foi pelo ex-presidente Lula,  prestou um grande serviço a República Federativa do Brasil, ao escancarar a rede de corrupção enraizada nos poderes constituídos. É o que temos para hoje.

Que nação irá surgir após o encerramento da atual crise política e dos desdobramentos da Operação Lava Jato? Não sabemos como será, mas, certamente, sabemos dizer como não deverá ser.(George Dantas – Ambientalista)

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