

O Deputado Chico Preto (PMN) defende destravamento do Centro de Biotecnologia da Amazônia, aproveitamento dos princípios ativos da floresta e a criação da Universidade do Software para o desenvolvimento da engenharia de sistemas.
O deputado estadual Marco Antônio Chico Preto (PMN) fez na terça-feira, 05, uma reflexão sobre a promulgação da PEC 20/2014, da prorrogação da Zona Franca de Manaus, e disse que a partir de agora é preciso pensar na ZFM dos próximos 50 anos, bem como na capacitação dos jovens, a partir de iniciativas como a criação da Universidade do Software, para o desenvolvimento da engenharia de sistemas, a alma dos eletroeletrônicos.
Segundo ele, com a garantia da ZFM até 2073, os novos governos deverão priorizar a ações destinadas a consolidar o modelo e implementar medidas como, por exemplo, o destravamento do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) – há mais de uma década sem um modelo definido de gestão -, para agilizar o aproveitamento ecologicamente correto das potencialidades do estado como os princípios ativos da floresta.
“Nós não podemos nos dar a esse luxo. Precisamos somar esforços para preencher as lacunas deixadas nos últimos 47 anos e desenvolver alternativas econômicas destinadas a garantir o desenvolvimento do nosso estado”, disse ele, lembrando que sem personalidade jurídica concreta o centro não pode funcionar como deveria.
Segundo Chico Preto, o Centro de Biotecnologia da Amazônia já poderia estar gerando riquezas a partir da criação de patentes de princípios ativos da floresta utilizados pelas indústrias de fármacos e de cosméticos.
“Pelo menos 10% de todos os produtos das prateleiras das drogarias têm princípios ativos oriundos da floresta, mas isso não deixa nem mesmo um centavo de royalties para o Amazonas”, argumentou.
Ao falar sobre a indústria eletroeletrônica, Chico Preto lembro que o Amazonas conta, hoje, com o segundo maior polo industrial do país, mas precisa ousar mais e lançar novas bases para o futuro a partir da implantação de uma universidade de software.
“Já temos a expertise de trabalhar produtos como televisão, telefones, tabletes, motocicletas, mas precisamos lançar mão de outros produtos e desenvolver a inteligência instalada dentro desses bens de consumo como, por exemplo, os programas, os software”, explicou.
De acordo com Chico Preto, o Amazonas tem todas as condições para ousar e, com um olhar de futuro, fazer com que o Estado tenha indústrias voltadas para a produção de outros produtos que não sejam apenas eletroeletrônicos e de duas rodas.