Educação e Emprego – Por Flávio Lauria

Professor Flávio Lauria (AM)

Volta e meia, talvez pela minha outra profissão de professor, lembro de abordar assuntos referente a área educacional, preocupante sem dúvida nos dias de hoje. É crescente a preocupação entre o processo educacional e a sua relação com o mercado de trabalho. A escola, na expectativa das famílias, sendo vista como espécie de “elevador social”, através do qual, pelo conhecimento, se ganharia lastro ao emprego e à empregabilidade.
Dentre as escolas que se preocupam com a qualidade dos seus serviços – é lamentável as que, por escassas condições, umas, por inaptidão, outras, – não praticam, com excelência, o ensino-aprendizagem, mormente quando o conhecimento, nesta era pós-industrial, é a mola propulsora da formação. Nessa escola de qualidade, o aluno tem posição híbrida: é cliente e é produto. Cliente, juntamente com os professores, familiares e funcionários, no receptivo de suas vivências e convivências escolares, e nas suas expectativas, estas, todavia, no âmbito de limites que assegurem a construção do saber, e da formação ético-moral-religiosa.


Professor Flávio Lauria (AM)
Professor Flávio Lauria (AM)

Produto, quando a universidade o aguarda, mais e mais, adiante, quando a sociedade o recebe como profissional a quem se impõe competência. Porém, mais do que eficiência, também se pede comunicação, boa índole e bom caráter, versatilidade, espírito de liderança, equilíbrio emocional quase estou a desenhar o perfil desse profissional que a globalização e a tecnologia estão tecendo e suscitando. Se o profissional de há poucos anos era mais da especialização, capaz nas suas funções específicas, tão rápidos os avanços tecnológicos e a mundialização reinantes, que o mesmo já se põe noutra moldura: ao contrário dos velhos paradigmas, precisa saber de tudo um pouco. Conhecimento de idiomas e de informática, dois requisitos básicos.

Nos Estados Unidos, a Universidade de Harvard apregoa: “o profissional do futuro terá que saber muita coisa de alguma coisa e pouca coisa de muita coisa”. Em síntese: tem que ser um especialista-generalista. Sabe-se que os currículos, nos diversos níveis de ensino, precisam ser revistos e adequados à realidade atual. A nova LDB, mais flexível, espelha essa preocupação, além de mostrar caminhos competentes às avaliações pedagógicas e a continuidade dos estudos. Estudar é preciso! O professor ainda não se convenceu que o aprendizado é um potencial de todos.

Nunca se demonstrou a incapacidade humana ao exercício da aprendizagem. Conhecimento mediante estudos que não podem ser interrompidos nem mesmo após as lides universitárias e pós-universitárias. Qualificação e requalificação, inclusive para que o trabalhador do futuro, de quem se espera atualização permanente, não se transforme no profissional-dinossauro, carcomido pelos avanços galopantes da tecnologia. Que a sala de aula seja o fruto do desejo do aluno na sua sede de conhecimento.

E o professor, diante do não-saber desse aluno, possa instigá-lo às perguntas e às curiosidades, para, saindo, do além-sala-de-aula, saber encontrar a viga mestra noutros ambientes do conhecimento, que, sendo de praticidade econômico-mercadológica, conforme apregoa a Unesco, esteja forjando o profissional conforme os anseios dos familiares e expectativas da sociedade como um todo.(Flávio Lauria é Professor Universitário e Consultor de Empresas – [email protected])

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