
O Brasil registrou uma queda histórica na taxa de desemprego no trimestre encerrado em julho de 2024, com o índice de desocupação recuando para 6,8%. Este é o menor patamar desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, em 2012. Em comparação com o trimestre anterior, a queda foi de 0,7 ponto percentual, e frente ao mesmo período de 2023, o recuo foi de 1,1 ponto percentual. A população desocupada caiu para 7,4 milhões, o menor número desde janeiro de 2015.
A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destacou que os resultados favoráveis do mercado de trabalho têm se mantido ao longo de 2024, com a contínua redução da desocupação e a expansão do número de trabalhadores. O presidente Lula, em tom irônico, comemorou nas redes sociais os números, que refletem a competência de sua equipe econômica, enquanto deputados e senadores da base aliada também exaltaram as conquistas do governo.
O número total de pessoas ocupadas no Brasil atingiu um novo recorde, com 102 milhões de trabalhadores. Este crescimento representou um aumento de 1,2% (1,2 milhão de pessoas) em comparação ao trimestre anterior e de 2,7% (2,7 milhões de pessoas) em relação ao mesmo período de 2023. O setor privado foi um dos principais responsáveis por esse avanço, alcançando 52,5 milhões de empregados, também um recorde na série histórica.
No setor público, o número de servidores atingiu 12,7 milhões, com destaque para o crescimento de servidores sem carteira de trabalho assinada, que aumentou 7,4% no trimestre e 4,7% no ano. Adriana Beringuy explicou que o crescimento do emprego no setor público tem sido impulsionado principalmente pelo aumento de contratações no ensino fundamental e na administração pública municipal.
O comércio foi o setor que mais contribuiu para o aumento da população ocupada no Brasil, com alta de 1,9% no trimestre, gerando 368 mil novos empregos. No total, o número de trabalhadores no comércio chegou a 19,3 milhões, outro recorde da série histórica da PNAD Contínua. Um ponto importante desse crescimento foi o aumento da formalidade no setor, com mais empregos com carteira assinada, o que representa uma melhoria nas condições de trabalho e na segurança dos trabalhadores.
No mesmo período, o rendimento médio real das pessoas ocupadas permaneceu estável, fixado em R$ 3.206. No entanto, em comparação ao mesmo período de 2023, houve um crescimento de 4,8%. A massa de rendimentos, que reflete o total de salários pagos aos trabalhadores, também apresentou alta, chegando a R$ 322,4 bilhões, com aumentos de 1,9% no trimestre e de 7,9% em relação ao ano anterior.
Esses resultados são um reflexo positivo das políticas econômicas implementadas pelo governo Lula, que continuam a gerar empregos e a fortalecer a economia do país. Enquanto o Brasil celebra o recorde de 102 milhões de pessoas empregadas, os desafios para manter e expandir esses avanços permanecem, especialmente em um cenário global de incertezas econômicas.
Fonte: PT