A fábrica Elcoa Indústria e Comércio Ltda., que fornece componentes para a Samsung do Polo Industrial de Manaus (PIM), não contrata mulheres ou homens que tenham filhos menores de sete anos de idade, por causa das despesas que elas teriam com creche, caso mantivessem trabalhadores nestas condições em seus parques industriais.
A denúncia que chegou ao Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, aponta os encarregados da Elcoa como praticantes de assédio moral contra esses trabalhadores, o que levou o Sindicato questionar a parceria nociva da empresa como a Samsung, em todos os aspetos.
“A assistência médica da Elcoa foi suspensa porque a empresa não pagou os serviços destinados ao trabalhador. Como é que a Samsung, que fatura mais de R$ 25 bilhões/ano, aceita uma vergonha desta dentro do Distrito Industrial?”, questiona o presidente dos Metalúrgicos, Valdemir Santana.
Recordista
A Samsung, também, é recordista em demissões. Mês passado, demitiu mais de 200 pessoas sem comunicar ao Sindicato e, em seguida, contratou mão-de-obra temporária, que tem salários 40% menor que permanentes. “Esse é mais um crime praticado pela maior fabricante de celulares no Brasil”, aponta.
Os desatinos e ‘caça às bruxas’ dentro da Samsung, no entanto, tem nome: é comandando pelo coreano Marck Super Mem, que foi mandado trabalhar no Recursos Humanos (RH) da Samsung no Amazonas, para fazer uma devassa na vida dos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus.
“Esse infeliz, que anda gritando dentro de restaurantes em Manaus, pensando que amazonense é idiota, vai ter a resposta que merece. Vamos exigir, na Justiça, a reintegração dos 200 trabalhadores demitidos ilegalmente por esse crápula e, se ele não aprender a respeitar o Sindicato, vai ver a empresa parada como resposta”, avisa Valdemir Santana.
Sem acordo
De acordo com Valdemir Santana, nenhuma das empresas citadas, tem acordo de mão-de-obra temporária com o Sindicato.
As duas, Samsung e Elcoa não tem calendário anual, estão surrupiando os trabalhadores sob a batuta do coreano Marck Super Mem. As 200 demissões, a maioria foi de trabalhadores antigos, porque a empresa pretendia reduzir salários, o que é uma prática condenada pelo Sindicato.
