Em protesto, moradores fecham AM 254 por 8 horas

O Km 53 da AM-254, estrada que liga ao município de Autazes, foi fechado por moradores por falta do asfaltamento nos ramais Rosarinho, Gapenu, Açupuranga e Jatuá.

Centenas de manifestantes fizeram uma barricada por cerca de 8 horas com faixas, paus e pneus no Km 53 da AM-254, estrada que liga ao município de Autazes, para protestar pela paralisação do asfaltamento nos ramais Rosarinho, Gapenu, Açupuranga e Jatuá. Os ramais estavam em fase de terraplanagem, com o cancelamento das obras ficaram intransitáveis, o que tende a piorar com as chuvas.


Segundo o presidente da comunidade Monte Sinai, Josias Carvalho, no processo de licitação participaram as empresas Pontual, CDC e EPP. “A ganhadora foi a empresa Pontual, com o menor valor, e já estava executando, mas as obras foram paralisadas com a justificativa de que o preço estava defasado”, explicou.

O Km 53 da AM-254, estrada que liga ao município de Autazes, foi fechado por moradores por falta do asfaltamento nos ramais Rosarinho, Gapenu, Açupuranga e Jatuá.

O documento relata os valores da empresa Pontual de R$ 18.709.894,50 e a concorrente empresa CDC no valor de R$ 20.166.405,11. “As obras estavam sendo realizadas, não entendemos como o governador Amazonino pede para parar, ainda por cima, para contratar uma empresa mais cara. Enquanto isso, as máquinas estão todas paradas”, concluiu Josias.

A justificativa relatada no documento assinado pelo Secretário de Estado de Infraestrutura, Oswaldo Said Junior, diz que os preços da empresa Pontual encontram-se defasados. A Lei 10.192/2001 que trata sobre reajustes de contrato administrativo, define que a empresa deve solicitar o reajuste, quando necessário, o que não foi feito no caso da empresa Pontual e sim pelo Governo, priorizando a empresa CDC, segunda colocada no processo de licitação, tornando a decisão de paralisação da pavimentação infundada.

O prefeito de Autazes Andreson Cavalcante, que compareceu na manifestação se comprometeu com os comunitários de levar um representante do Governo na próxima quinta-feira (30), para dar resposta à população. “O que eu soube foi que a procuradoria cancelou a licitação e vai fazer outra, e após isso passará o convênio para o município”, disse.

Segundo Jemerson Miranda, morador da Comunidade HSL, se as obras não tivessem sido paralisadas os ramais já estariam sendo concluídos. Com a chegada do inverno amazônico, a lama aumenta e o acesso fica mais comprometido. “No verão vivemos na poeira e no inverno na lama, queremos uma solução, pois tudo estava sendo encaminhado e agora estamos abandonados. Só uma comunidade possui 372 famílias”, concluiu.

Paralisação da pavimentação em ramais de Autazes faz moradores fecharem AM 254 por 8 horas.

O deputado Sabá Reis que reuniu a comunidade, na gestão de David Almeida para entregar a ordem de serviço, para o asfaltamento de quatro ramais, denunciou o cancelamento das obras durante Sessão na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). “Os ramais beneficiam milhares de famílias que precisam escoar sua produção, e que deveriam estar sendo finalizados, se não fosse a paralisação.

Posso dizer que Autazes é uma das cidades mais prejudicadas com relação ao sistema viário e a pavimentação. As pessoas andam de máscara devido a poeira, e o povo não merece isso”, relatou.

O presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado David Almeida lembrou que as paralisações das obras, são tentativas para tentar prejudicar sua imagem, mas na verdade eles estão prejudicando a população de Autazes. “Eles tentam punir, o David Almeida, mas estão punindo o povo, com a paralisação dessas obras, assim como travam a economia do Estado novamente”, pontuou.

Até o término da reportagem, tentamos entrar em contato com a empresa Pontual, mas não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

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