Em seis meses, Amazônia bate novo recorde de desmatamento

Foto: Reprodução

Somente nos seis primeiros meses deste ano, a Amazônia perdeu 3.988 quilômetros quadrados de sua floresta. O desmatamento deste primeiro semestre é o maior já registrado para esse período desde 2016, início da série histórica realizada pelos sistemas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.


As queimadas do primeiro semestre de 2022 são quase o triplo do volume registrado no mesmo intervalo de 2017, quando o desmatamento chegou a 1.332 km² na região. É o quarto ano consecutivo com recordes de desmatamento no período e supera em 10,6% a área devastada nos primeiros seis meses de 2021.

O governo Jair Bolsonaro tem sido alvo de cobranças no Brasil e no exterior por causa do aumento do desmate. De acordo com o especialista em políticas públicas do WWF-Brasil, Raul do Valle, a velocidade e a intensidade do desmatamento não seriam possíveis sem um grande aporte financeiro para pagar por máquinas.

Valle também atribui a alta do desmate ao “clima de impunidade” criado no governo Jair Bolsonaro, com o enfraquecimento da fiscalização ambiental, e à expectativa de que o Congresso aprove leis que favoreçam a grilagem e o garimpo. Conforme estudo feito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgado em 2021, o número de multas pagas por crimes ambientais na Amazônia caiu 98% nos dois primeiros anos do governo (2019 e 2020).

O mês de junho também teve a pior marca da série histórica. Foram devastados 1.120 km² no mês na Amazônia, 5% a mais que em junho de 2021. Os Estados mais desmatados em junho de 2022 foram o Amazonas (401 km²) e o Pará (381 km²).

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