Embrapa apresenta resultados do primeiro ano do Programa Pró-Rural

Técnicos do Pró-Rural têm capacitação/Foto: Divulgação
Técnicos do Pró-Rural têm capacitação/Foto: Divulgação
Técnicos do Pró-Rural têm capacitação/Foto: Divulgação

A Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus-AM) participa, há cerca de um ano, do Programa Estratégico para Transferência de Tecnologia para o Setor Rural – Pró-Rural, que procura, por meio da difusão de tecnologias, alavancar a produção rural e melhorar a qualidade de vida da população dos municípios do interior. Para mostrar o andamento dessa atividade, pesquisadores da Embrapa que fazem parte do Programa expuseram, durante reunião técnica realizada na última terça-feira (09), como os projetos estão se desenvolvendo, dificuldades encontradas e estratégias para superação desses problemas.


Das dez linhas temáticas existentes no Pró-Rural, quatro são coordenadas pela Embrapa Amazônia Ocidental (Manaus/AM). Os projetos sob responsabilidade da empresa estão em 45 municípios do interior, nas áreas de culturas alimentares, pecuária sustentável, fruticultura e produção de borracha natural. Os trabalhos foram apresentados pelos pesquisadores que coordenam as linhas temáticas, Inocencio de Oliveira, Jasiel Nunes, Gilmar Meneghetti e Everton Cordeiro, respectivamente.

Os quatro projetos buscam levar ao produtor inovações tecnológicas geradas pela pesquisa e socializar esses conhecimentos para apoiar a produção rural. Quem faz essa mediação entre agricultor e a Embrapa são técnicos extensionistas, bolsistas dos projetos, que residem no município contemplado e realizam atividades de assistência técnica em temas específicos. Pelas metas do trabalho, cada técnico bolsista irá prestar assistência técnica a 100 produtores por ano, utilizando as inovações tecnológicas, os conhecimentos recebidos em capacitações ministradas pela Embrapa e considerando ainda os conhecimentos locais dos produtores.

O Pró-Rural foi criado pela Sepror em parceria com a Fapeam e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti). O programa também conta com o suporte do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), que é parceiro no apoio aos técnicos bolsistas.

Apresentações dos projetos coordenados pela Embrapa

Culturas Alimentares – O projeto começou em julho de 2013 e tem como foco a socialização e transferência de tecnologias para produção de mandioca, milho e feijão-caupi, importantes para garantir a segurança alimentar. Está implantado nos seguintes municípios: Tefé, Itamarati, São Gabriel da Cachoeira, Guajará, Apuí, Canutama, Borba, Ipixuna, Beruri, Itapiranga, Uarini, Humaitá, Japurá, Tapauá, Santa Isabel do Rio Negro, Maraã, Manacapuru, Eirunepé, Caapiranga e Barcelos. Os técnicos que integram o trabalho visitaram 176 comunidades rurais e já assistem um total de 2181 agricultores. O projeto também conta com 45 Unidades Demonstrativas (UD), instaladas em áreas de agricultores, que servirão como multiplicadoras de conhecimentos relacionados às culturas trabalhadas.

Pecuária Sustentável – O projeto teve início em setembro de 2013 e acontece nos municípios de Apuí, Autazes, Boca do Acre, Careiro da Várzea, Itacoatiara, sul de Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Parintins, Presidente Figueiredo, Humaitá, Borba, Urucará e Nhamundá. Além da assistência técnica aos agricultores, estão sendo instaladas Unidades Demonstrativas que contemplam, principalmente, os temas recuperação de pastagens, formação capineira e adubação de pastagens. “Acreditamos na importância desse projeto como forma de aumentar o número de técnicos do setor primário no campo, assim como a grande oportunidade da pesquisa aproximar-se da extensão rural”, destacou o pesquisador que coordena a linha temática, Jasiel Nunes.

Fruticultura – A linha temática fruticultura, iniciada em setembro de 2013, está nos municípios de Itacoatiara e também no seu distrito de Novo Remanso, Careiro da Várzea, Iranduba, São Sebastião do Uatumã, Anori, Tabatinga, Atalaia do Norte, Novo Aripuanã, Lábrea, Codajás, Coari, Silves e Urucurituba. Além das visitas feitas pelos técnicos às comunidades e agricultores (já foram cerca de 1400 até o momento), está contemplada a instalação de Unidades Demonstrativas de açaí, banana, guaraná, cacau, cupuaçu e maracujá, assim como citros (limão e laranja), demanda levantada após o início do projeto. Também estão previstas, como ações complementares, a caracterização das agroindústrias dos municípios, a caracterização de sistemas de produção, a análise dos mercados locais e a produção de um vídeo sobre assistência técnica e extensão rural no Amazonas, “como forma de pensar além dos três anos de projeto e para que esses agricultores vislumbrem a continuidade do trabalho, não apenas como uma ação voltada à produção, mas sim ao desenvolvimento rural”, completou o coordenador do projeto, Gilmar Meneghetti.

Produção de Borracha Natural – O projeto teve início em setembro de 2013 e conta com técnicos nos municípios de Boca do Acre, Borba, Canutama, Carauari, Coari, Eirunepé, Fonte Boa, Humaitá, Iranduba, Itacoatiara, Juruá, Jutaí, Lábrea, Manacapuru, Manicoré, Maués, Novo Aripuanã, Pauini, Santa Isabel do Rio Negro e Tabatinga. O projeto presta apoio técnico aos seringueiros extrativistas e já foram visitados 1306 produtores. O trabalho contempla, ainda, a instalação de 20 Unidades Demonstrativas nos municípios abrangidos. Nas UDs será implantada a nova tecnologia de seringueira tricomposta, que tem o potencial de incrementar a produção de borracha natural no Amazonas, melhorando a vida do seringueiro com os plantios resistentes ao mal das folhas, doença que prejudica o cultivo racional da árvore na região de floresta tropical úmida.

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