Empreendedorismo feminino ganhou força na pandemia, e cenário tende a ser mais inovador

Foto: Divulgação/iStock

Confira alguns dos impactos que empreendedorismo feminino causa na sociedade


O empreendedorismo é algo que vem ganhando destaque no mundo e também no Brasil – inclusive, foi criado o Dia Internacional do Empreendedorismo Feminino, no dia 19 de novembro, pela Organização das Nações Unidas (ONU) como uma forma de homenagear e de incentivar as mulheres a abrirem suas próprias empresas. Com um papel fundamental na recolocação das mulheres como empresárias, o cenário tem sido otimista: mais de 50% das empresárias brasileiras abriram os seus negócios entre 2018 e 2021, sendo que, destas, 26% começaram as atividades durante o período da pandemia do novo coronavírus. Os dados são da Rede Mulher Empreendedora (RME).

Outros dados importantes são da Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM) e do Sebrae, que mostram que o Brasil é o sétimo país no ranking de maior número de mulheres empreendedoras. Isso significa que, dos mais de 50 milhões de empreendedores brasileiros, 30 milhões (48%) são mulheres.

No entanto, muitas empreendedoras enfrentam dificuldades diversas para manter os seus negócios em pleno funcionamento. Para ter acesso a crédito, por exemplo, o cenário piorou durante a pandemia. Ainda segundo a RME, 43% das mulheres que solicitaram empréstimo tiveram os pedidos negados. E outro ponto de dificuldade das mulheres é entrar e se estabilizar em áreas que são dominadas por homens em sua maioria, como é o caso da área de mecânica e de manutenções no geral.

A maioria das mulheres empreendedoras escolhem as áreas de beleza, alimentação e moda, e isso gera uma falsa impressão de que você não encontrará mulheres encabeçando negócios em outras áreas diversas, como tecnologia, mecânica e manutenção, por exemplo. E isso tem impactos muito positivos socialmente falando: os negócios geridos por mulheres tendem a empregar outras mulheres e a ser mais inovadores do que os negócios geridos por homens.

De acordo com uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) com o Sebrae, mais de 70% das empreendedoras usam dispositivos e plataformas tecnológicas para divulgar e vender seus produtos ou serviços, ao passo que apenas 63% dos homens fazem uso dessas ferramentas. Da mesma maneira, 11% das empreendedoras afirmaram que inovaram os seus negócios durante a pandemia, enquanto apenas 7% dos homens consideraram essa possibilidade.

Na prática, isso significa que mulheres que empreendem, mesmo em áreas que frequentemente são dominadas por homens, tendem a ter negócios mais interessantes e mais inovadores, tanto na questão do impacto econômico, quanto do impacto social.

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