Entenda as mudanças no calendário das vacinas infantis

Recentemente o Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, divulgou as alterações dos calendários vacinais públicos do Brasil que entraram em vigor a partir de 2016.


Devemos ter em mente que os calendários de vacinas devem ser dinâmicos e sempre estarem adequados à situação das doenças, mas podem mudar, ou devido à experiência acumulada com o uso das vacinas, que pode sinalizar para a necessidade de número ou intervalo de doses diferentes, ou ao surgimento de novas vacinas, sempre em busca de uma harmonização e uma adequada distribuição das mesmas durante a infância.

As principais alterações nessas recomendações estão descritas abaixo:

1) Vacina hepatite B: passa a ser disponível gratuitamente para indivíduos de qualquer idade (vacinação universal) com o intuito de controlar essa importante doença em toda a população. A vacina já vinha sendo disponibilizada no calendário infantil, para gestantes e para adultos de até 49 anos.

2) Vacina meningite C: passa a ser recomendada para crianças menores de cinco anos (de até 4 anos e 11 meses). A vacina já vinha sendo aplicada em menores de dois anos. Além disso, a terceira dose passa dos 15 para os 12 meses de vida.

3) Vacina hepatite A: com o intuito de não se acumular muitas injeções aos 12 meses, a dose da vacina passa a ser aplicada aos 15 e não mais aos 12 meses de vida.Está disponível em toda a rede pública.

4) Vacina pneumocócica (conjugada 10 valente): a vacina era aplicada num esquema de três doses no primeiro ano de vida (2, 4 e 6 meses) e um reforço aos 12 meses = esquema 3+1, e a partir de agora passa a ser aplicada em duas doses (2 e 4 meses) com reforço aos 12 meses = esquema 2+1. Os estudos demonstraram uma efetividade muito semelhante entre os dois esquemas, com redução de número de casos e mortes em países que optaram por um ou outro calendário. Além disso, a vacina passa a ser recomendada para crianças menores de cinco anos (de até 4 anos e 11 meses). A vacina vinha sendo aplicada em menores de dois anos.

5) Vacina HPV: estudos demonstraram que a resposta imune à vacina HPV em meninas menores de 15 anos é muito semelhante quando se aplicam duas ou três doses. A partir daí, com o intuito de facilitar o acesso dos países à vacinação e permitir um maior número de meninas vacinadas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a preconizar o esquema de duas doses com um intervalo de seis meses entre elas, e a própria bula da vacina considera este esquema alternativo como válido.

6) Vacina poliomielite: o PNI passa a disponibilizar a vacina inativada nas três primeiras doses, aos 2, 4 e 6 meses, mantendo o uso da vacina oral (Sabin) nos reforços de 15 meses e cinco anos. Esta alteração faz parte da estratégia global de eliminação da pólio que inclui a suspensão do uso da vacina de vírus vivos oral. A partir do segundo semestre o PNI também passará a utilizar uma vacina oral contendo dois e não mais três tipos do vírus da pólio (vacina oral bivalente), já que o tipo 2 já foi erradicado do planeta.

Diferenças entre os calendários público e privado

Embora o calendário de vacinação da criança, preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), hoje, seja muito semelhante ao disponibilizado pelo PNI, existem ainda algumas recomendações propostas pela SBP que diferem, seja pela inclusão de outras faixas etárias ou pelo número diferente de doses, além da recomendação de vacinas ainda não disponibilizadas na rede pública.

(NOTÍCIAS AO MINUTO)

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