A pouco mais de um mês, cerca de 5 milhões de inscritos deverão fazer o Enem 2019 em todo o País. No Amazonas, segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o número de pessoas que se inscreveu passa de 150 mil. A professora da UniNorte, Renata Galvão, dá dicas importantes do que os alunos vão encontrar pelo caminho e como a prova é construída.
O Enem será feito por candidatos que desejam ingressar em universidades públicas, concorrer a bolsas de estudo ou financiamento estudantil. Quem não tiver 18 anos até o dia da prova e não vai concluir o Ensino Médio em 2019, poderá usar o resultado do Enem apenas para autoavaliação.
As provas acontecem nos dias 3 e 10 de novembro em todo o País. Os candidatos devem estar no local de prova às 13h, nos dois dias, obedecendo ao horário de Brasília. Os exames começam a ser a aplicados às 13h30 (12h30 no horário de Manaus). Ao todo, serão 4 provas objetivas, totalizando 180 questões, valendo 1.000 pontos, sendo cada uma com cinco alternativas de “a” a “e” para o aluno escolher.
Provas
No primeiro dia do exame, 3 de novembro, os estudantes enfrentarão a prova de “Linguagens, Códigos e suas Tecnologias”, com 45 questões, compreendendo Artes, Educação Física, Tecnologias da Informação e Comunicação, Literatura e Inglês/Espanhol. Também haverá a prova de “Ciências Humanas e suas Tecnologias”, trazendo componentes curriculares que envolvem História, Geografia, Filosofia e Sociologia, somando mais 45 questões. Além desses dois campos, os alunos irão elaborar a redação, com um tema determinado pelo Enem.
A aplicação terá 5h30 de duração, contadas a partir da autorização do aplicador para o início da prova.
Na semana seguinte, no dia 10 de novembro, a prova terá 5h de duração. Os candidatos deverão responder 45 questões nas áreas de “Ciências da Natureza e suas Tecnologias”, em que serão avaliados conhecimentos específicos em Biologia, Física e Química. E mais 45 questões de “Matemática e suas Tecnologias”. Uma das novidades para 2019 é um espaço de rascunho para cálculos no final do caderno de questões.
“O ideal é que o aluno comece a prova pela disciplina com maior afinidade, pois será mais proveitoso. Quando sentir dificuldade em alguma questão, o indicado é não perder muito tempo e seguir adiante. No final, ele retorna para as questões que faltam”, disse Renata, professora do curso de Biomedicina da UniNorte. Ainda segundo ela, devido o tempo extenso de prova, o aluno precisa preservar a energia e concentração para fazer um bom exame.
Redação
A redação do Enem é uma das etapas mais temidas pelos candidatos. O texto valerá de 0 a 1.000 pontos e deve cumprir atributos como ter, no mínimo, 20 linhas escritas, domínio da língua formal escrita, compreensão do tema, aplicação da estrutura dissertativa-argumentativa, uso de mecanismo linguísticos, entre outros.
A redação pode ser anulada em casos de: fuga do tema proposto, escrita com letra ilegível, folha de redação sem nada escrito, escrever sete linhas ou menos, uso predominante de língua estrangeira, usar impropérios, desenhos, ou apresentar nome, assinatura, rubrica e qualquer outra forma de identificação.
“Outra dica muito boa para a redação é ler bastante sobre atualidades, revistas, jornais e livros. Leitura ajuda na escrita e para ter argumentos, organizar o raciocínio e fechamento da redação com uma conclusão clara e objetiva sobre o tema abordado”, explicou Renata.
Ao final da prova, a média é dada a partir da soma dos pontos de cada prova dividida por 5. O Enem é adepto, ainda, à Teoria de Resposta ao Item (TRI), instrumento da Psicologia para medir o desempenho dos participantes. Nele, o sistema analisa quantas questões foram acertadas, sendo atribuído um peso a cada uma delas. Além disso, o TRI faz uma busca por padrões de chute, para identificar acertos em questões mais difíceis e erros nas mais simples. Sendo assim, mesmo o “chutador” tendo acertado questões mais difíceis, a pontuação poderá ser menor.
