

Após meses de denúncias de moradores de São Paulo afirmando que estão ocorrendo cortes de abastecimento de água, finalmente a Sabesp (SBSP3) admitiu que está faltando água na região. Até semana passada, antes das eleições, a companhia negava racionamento e até mesmo falta de abastecimento, mas isso mudou com o discurso da presidente da empresa, na manhã na quarta-feira (8) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Curioso destacar que Dilma só decidiu realizar pronunciamento na Comissão após as eleições. Ela foi convidada a prestar esclarecimentos na CPI no dia 17 de setembro e não apareceu alegando “questões pessoais”. Depois, a presidente da Sabesp não compareceu ao interrogatório marcado para o dia 24, mesmo com uma intimação. Em nota, a dirigente disse ter sido submetida a um procedimento cirúrgico na laringe e ficaria de licença médica até 5 de outubro, dia da eleição.
Após as ausências, Dilma apareceu hoje de manhã na CPI e admitiu “falta de água pontual” em São Paulo. “Não existe racionamento. Existe, sim, falta de água pontual em áreas muito altas, muito longe do reservatórios setoriais que distribuem água e em residências que moram muitas pessoas que têm reservação muito pequena. Nessas situações sim, tem falta de água”, declarou a presidente da Sabesp.
“O racionamento é efetivo quando se despressuriza 100% das redes da cidade, com uma área da cidade ficando sem água efetivamente. Isso não acontece no Estado de São Paulo. Toda a área atendida pela Sabesp
está com as redes pressurizadas”, garantiu ela, tentando justificar que não está ocorrendo racionamento na região.
(InfoMoney)