Escalada de violência contra povos indígenas aumenta no Maranhão

Foto: Reprodução

“Em um curto prazo de tempo dois indígenas guajajara foram assassinados”


O Estado do Maranhão, que concentra a maior população de indígenas guajajara no País, tem sido recentemente palco de conflitos letais e assassinatos. No dia 3 de setembro, dois indígenas da etnia Guajajara foram assassinados na Terra Indígena Arariboia (MA).

De acordo com informações da Polícia, Jael Miranda Guajajara morreu após ser atropelado no município de Arame, e Janildo Oliveira Guajajara foi morto com tiros nas costas. A Polícia Civil investiga se as mortes têm relação com recentes conflitos envolvendo madeireiros na região. O jovem Janildo era integrante do grupo conhecido como Guardiões da Floresta, patrulha criada para proteger o território contra madeireiros.

O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) com equipe destacada no Maranhão atua com os indígenas nos territórios, trabalhando a formação política, e o fortalecimento da organização interna de cada povo, e vem acompanhando essa onda de violência que tem se intensificado nos últimos anos.

Sobre os recentes assassinatos, Hemerson Herbert de Sousa, Missionário do CIMI no Maranhão relata que a organização prestou solidariedade aos familiares e está acompanhando as investigações da Polícia. De acordo com Hemerson, por conta desse aumento de violências, as populações indígenas estão amedrontadas e intimidadas, o que tem dificultado as investigações da Polícia.

O missionário do CIMI, também pontua sobre as mobilizações e denúncias que são feitas pelos Guardiões da Floresta e as equipes do CIMI para que os crimes não fiquem impunes, e cita ainda sobre o caso de Paulo Paulino Guajajara, assassinado em 2019, no qual o acusado será levado a júri popular. “Ao longo de 10 anos, no estado do Maranhão, dos 35 assassinatos registrados no período, a maioria aconteceu na Terra Indígena de Arariboia”, destaca Hemerson.

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