Com base no último Censo Escolar, produzido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), das 5.436 escolas de educação básica no Amazonas, cerca de 300 delas pertencem à rede privada. Metodologia diferenciada, segurança, tecnologia em educação, mais preparo no ensino médio, atividades extracurriculares e projetos que visem além da formação acadêmica dos alunos são alguns diferenciais dos estabelecimentos de ensino particulares, que retomam a rotina normal agora após o feriado do Carnaval.
Na educação básica, onde atenção à formação educacional é mais importante, as escolas particulares acabam saindo na frente. “E para algumas famílias há fatores que também pesam bastante no momento em que vão escolher onde matricular seus filhos, como a localização, a tradição da instituição de ensino, a formação religiosa e a indicação de amigos e familiares”, destacou a presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Privado do Estado do Amazonas (Sinepe/AM), Elaine Saldanha.
E, além de um cenário bastante competitivo entre as instituições de ensino, por outro lado a própria cultura dos pais nesses ambientes é mais ativa, cobrando soluções da escola frente a possíveis problemas e exigindo qualidade na educação que estão investindo.
O levantamento do INEP também apontou que dos 44.212 docentes na rede básica no Amazonas, cerca de 4.570 são da educação privada. E do total de mais de um milhão de alunos matriculados na educação básica no Amazonas, cerca de 100 mil deles fazem parte da rede privada.
“E neste ano, as instituições realizaram uma série de ações para fidelizar e ainda atrair novos alunos, como convênio com empresas parceiras, desconto na mensalidade, promoção com sorteio de notebooks e a capacitação da equipe que faz o atendimento aos pais que buscam a escola para conhecer”, disse Elaine.
Além disso, a implantação de projetos como de aulas de robótica no Colégio Martha Falcão tem sido uma das apostas das instituições. Entre outras tecnologias como as lousas interativas, e-books animados, aplicativos, gamificação, computação em nuvem e internet das coisas são apenas o começo da transformação digital que está em curso, incitando a imaginação de como será a escola do futuro.
Para a presidente do Sinepe/AM, essas são apenas algumas ferramentas que incentivam e estimulam a familiaridade dos pequenos com o mundo tecnológico, contribuindo para a alfabetização digital.
Outra implantação que algumas instituições de ensino realizarão neste ano é a Escola de Inteligência, que algumas já iniciaram pioneiramente, metodologia criada pelo médico e escritor Augusto Cury, que atua no desenvolvimento emocional de toda a comunidade escolar – alunos, pais, educadores – além de combater o bullying, a violência, a baixa autoestima, entre outros problemas psicológicos.
Elaine destaca que a forma tradicional de ensino não funciona e é essencial que as instituições percebam que é preciso mudar e colocar em prática modos diferentes de educar.
“Para isso, os educadores devem investir cada vez mais em capacitação, abraçar novas tecnologias, levar criatividade e inovação para a sala de aula e contribuir para o desenvolvimento de competências, como o pensamento crítico, a empatia, a comunicação, a liderança e a ética”, apontou.