Especialista alerta para o risco da Tuberculose em meio à pandemia

Foto: ilustrativa de Freepik

A prevenção de doenças respiratórias tem ganhado destaque por conta da pandemia do novo coronavírus. Em 24 de março, Dia Mundial de Combate à Tuberculose (TB), especialistas ressaltam para os cuidados de prevenção e lembram que apesar dos sintomas semelhantes aos da covid-19, a doença é considerada, há algum tempo, um problema de saúde pública.


Os dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, todos os anos, os casos somam 70 mil, e os óbitos chegam a cerca de 4.500 pessoas.

“A TB é uma doença infecciosa causada por um tipo de bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, conhecida também como bacilo de Koch, e é transmitida de forma aérea, por meio de aerossóis (partículas líquidas minúsculas) oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse”, explica o infectologista e consultor médico do Grupo Sabin, Marcelo Cordeiro.

Apesar de ser comumente associada ao acometimento do pulmão, de acordo com o médico especialista, a doença pode afetar outros sítios, como os rins, ossos e o sistema nervoso central.

Ilustração: Revista Seleções

“A tosse é o sintoma mais comum da enfermidade, mas também podem manifestar febre e sudorese noturna, perda de peso e, se a TB afetar outros órgãos, ter vários outros sintomas”, afirma o médico.

Uma das novidades no combate à doença é a recomendação da OMS para expansão dos testes diagnósticos e tratamento da TB latente. A TB latente é uma condição em que o indivíduo está infectado pela bactéria, mas não apresenta sintomas. No entanto, a pessoa infectada pelo bacilo apresenta um alto risco de desenvolver a doença no futuro.

Diagnóstico

Atualmente existem dois exames recomendados pela OMS para o diagnóstico da TB latente: a prova tuberculínica (conhecido como PPD) e o interferon-gamma release assay (conhecido como IGRA). Apenas o primeiro está disponível na rede pública de saúde e o outro é encontrado somente na rede particular.

Uma das estratégias fundamentais do órgão internacional é diagnosticar e tratar as pessoas com maior risco de desenvolvimento da doença. “Por isso também ampliou o número de grupos prioritários e está recomendando dois novos regimes de tratamento, mais curtos, para tratar a infecção”, informa o infectologista.

No Sabin, o IGRA é realizado a partir de uma amostra de sangue, coletada sem a necessidade de jejum (ensaio imunoenzimático). O resultado é entregue em até 7 dias úteis.

Recentemente a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a Resolução Normativa que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Entre os novos exames que passam a fazer parte da lista de cobertura obrigatória dos planos de saúde, a partir de 1º de abril, está o teste IGRA.

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