Especialistas orientam sobre os cuidados com a saúde, durante as viagens

Foto: Divulgação

Quem está se programando para viajar de férias, não pode esquecer dos cuidados com a saúde, para curtir os dias de lazer sem preocupação. O médico da Clínica de Infectologia de Manaus (CLIN), Marcus Lacerda, explica que, recentemente, devido ao crescente deslocamento populacional em todo o mundo, surgiu uma nova área de atuação da Medicina, especializada na prevenção a doenças, durante as viagens.


A chamada Medicina do Viajante tem por objetivo preparar as pessoas para que possam se divertir, trabalhar ou estudar, durante a viagem, com menor risco de adoecer. Para isso, são feitas recomendações sobre a atualização do cartão de vacina, uso de medicamentos, entre outras medidas de precaução.

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Marcus Lacerda diz que, entre as recomendações que devem ser observadas pelos viajantes, está o cuidado com os hábitos alimentares. “É muito comum, durante uma viagem, que as pessoas tenham diarreia, devido ao consumo de alimentos diferentes, que não fazem parte da dieta do dia a dia. Além disso, existe o risco de contaminação de alimentos, preparados de forma incorreta. Por isso, a recomendação é checar bem como são feitos os alimentos e evitar as comidas vendidas na rua”, orientou.

Outra atitude que pode fazer a diferença e trazer tranquilidade para quem está em viagem é o uso de repelente, principalmente, se o país de destino apresentar risco de epidemia de doenças transmitidas por mosquito como, por exemplo, Dengue, Chikungunya e Zika vírus. É importante também evitar tocar em animais, para impedir lambidas e mordidas que possam transmitir a raiva. Para quem planeja viajar para áreas de floresta, a indicação é não colocar a mão em buracos e ocos de árvores, para não ser surpreendido por serpentes e outros animais peçonhentos.

Nos lugares frios em que há as pessoas permanecem muito tempo em locais fechados, é interessante carregar na bolsa álcool em gel para a higienização das mãos.

Segundo a médica e diretora técnica da Clínica de Infectologia de Manaus (CLIN), Izabella Safe, com a crescente violência em todo o mundo, uma recomendação que não pode faltar é evitar as fotos em locais abertos, por causa do risco de assaltos. A médica ressalta a importância de não dirigir automóveis durante a noite, em estradas com trajeto desconhecido pelo viajante. Quem faz uso regular de medicamentos, não deve esquecê-los. Outro cuidado importante é com as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Entre os viajantes, a incidência chega a mais de 60%. É preciso utilizar preservativo em todas as relações, alerta a médica.

Doenças preveníveis – A diretora da Clínica Vacinar, Amanda Alecrim, orienta os viajantes que vão para outros países, a ficarem atentos à atualização da caderneta de vacinação, para evitar as doenças preveníveis. “Independente se o país de destino exigir ou não alguma vacina específica, é importante as pessoas estarem com a imunização em dia”, reforçou.

Atualmente, mais de 150 países exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (Civp) dos turistas brasileiros – a maioria, na América do Sul, América Central, África, Ásia e no Oriente Médio, além de ilhas localizadas no Caribe e na Oceania.
Após o surto de febre amarela que algumas cidades brasileiras enfrentaram no início do ano, países como Panamá, Nicarágua, Venezuela, Costa Rica, Equador e Cuba passaram a exigir dos viajantes a comprovação de que estão imunizados contra a doença. Amanda Alecrim frisa que, no caso da febre amarela, as pessoas devem se vacinar com pelo menos 10 dias de antecedência, conforme estabelece o Regulamento Sanitário Internacional (RSI).

A única vacina exigida para viajantes, segundo o RSI, é contra febre amarela. Entretanto, os países têm autonomia para incluir outras vacinas como obrigatórias para entrada de viajantes em seus territórios. Um exemplo nesse sentido é o governo da Arábia Saudita, que desde 2002 passou a exigir a imunização contra poliomielite.

De acordo com Amanda Alecrim, mesmo que não sejam exigidas, algumas vacinas são primordiais, como por exemplo, contra o vírus da gripe. “Essa é uma doença que sempre vai haver grande incidência”, disse.

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