Espionagem dos EUA pode ‘quebrar’ Internet, alertam gigantes do setor

GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFPO presidente da Comissão de Controle do Google, Eric Schmidt, é visto em 8 de outubro de 2014, em San Francisco
GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFPO presidente da Comissão de Controle do Google, Eric Schmidt, é visto em 8 de outubro de 2014, em San Francisco
GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFPO presidente da Comissão de Controle do Google, Eric Schmidt, é visto em 8 de outubro de 2014, em San Francisco

A espionagem cibernética praticada pelos Estados Unidos é uma ameaça grave que pode “quebrar a Internet”, alertou nesta quarta-feira o presidente da Comissão de Controle do Google, Eric Schmidt.
“O impacto é grave e piora”, avaliou Schmidt, acrescentando que “o resultado mais simples é que vamos terminar quebrando a Internet”.
Schmidt deu essas declarações em um debate sobre as consequências para a indústria de tecnologia dos casos de vigilância eletrônica realizada pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). O evento foi organizado pelo presidente da Comissão de Finanças do Senado americano, Ron Wyden.
“A ideia de ter de instalar centros de dados e os próprios dados em nível regional se opõe, fundamentalmente, à forma como a Internet está estruturada”, alegou o chefe de Assuntos Legais da rede social Facebook, Colin Stretch.
Seu colega no serviço de armazenamento de dados na nuvem Dropbox, Ramsey Homsany, apresentou as dificuldades que isso pode significar para as “startups”.
Os panelistas fizeram um apelo aos legisladores americanos para que mudem as práticas de espionagem on-line, visando a recuperar a confiança da comunidade internacional.
“Na ausência de melhores leis, todos somos obrigados a investir em melhores tecnologias”, afirmou o diretor de Assuntos Legais da gigante de informática Microsoft, Brad Smith.
“Se, no governo, estão preocupados com a encriptação (de dados), devem investir em leis melhores”, frisou.
Os gigantes do setor de tecnologia da informação (TI) têm se queixado, em diferentes oportunidades, do controle da Internet por parte dos serviços de Inteligência dos Estados Unidos.
O escândalo de proporções mundiais foi deflagrado no ano passado, após as revelações feitas pelo ex-analista de segurança terceirizado pela NSA Edward Snowden, que vazou milhares de arquivos sigilosos para a imprensa. (AFP)


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