
As atrocidades cometidas pelo governo Bolsonaro não param de aparecer, mesmo após quase dois anos do fim daquela que foi uma das piores gestões do Brasil. Esta semana, explodiu o caso da “Abin paralela”.
Na quinta feira (11), a Polícia Federal deflagrou a operação Última Milha. A ação investiga uma suposta espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), envolvendo vários nomes da política nacional.
Entre os nomes espionado criminosamente, segundo o relatório da Polícia Federal, está o do pré-candidato a prefeito de Manaus, Marcelo Ramos, quando exercia o cargo de vice-presidente da Câmara Federal, e quando fazia oposição implacável à política de atrocidades do ex-mandatário.
Monitoramento clandestino
“Sobre as investigações acerca deste que seria um monitoramento clandestino de autoridades, o meu incômodo é apenas com mais uma constatação de que, infelizmente, esse governo anterior não tinha limites morais ou legais”, disse o pré-candidato a prefeito de Manaus, Marcelo Ramos. “O ponto positivo é a apuração dos fatos e a punição dos envolvidos”, completou.
A operação tem como alvos grandes nomes do cenário político. Entre eles, Arthur Lira, atual presidente da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados.
“Quem faz o certo não teme monitoramentos. Só nunca podemos admitir ilegalidades. Estando ao lado da democracia e da missão pública encarada com lisura e coerência, mas com a combatividade necessária frente a posturas inaceitáveis, fui vítima de criminosos. Eles não aprenderam a conviver com as diferenças naturais do debate político. Daqui por diante esse não é um assunto da política, é um assunto da polícia. Que se faça justiça. Seguiremos na nossa luta também por justiça social e garantia de direitos”, ressaltou Marcelo Ramos, que foi vice-presidente da Casa Legislativa.