Estado Islâmico não faz ciberterrorismo, diz especialista

`Camille François, em Palestra, em SP/Foto: Henrique
`Camille François, em Palestra, em SP/Foto: Henrique
`Camille François, em Palestra, em SP/Foto: Henrique

Atualmente, os crimes cibernéticos e as guerras cibernéticas são algumas das principais ameaças no mundo.
O recente caso dos ataques da Coreia do Norte à Sony foi um dos dos assuntos abordados pela especialista em cyrberguerra e cyberspace Camille François. Francesa, ela fez uma apresentação na quarta-feira (04), durante a oitava edição da Campus Party, em São Paulo.


“O que aconteceu com a Sony nos mostrou a fragilidade do sistema”, disse Camille. Segundo ela, as dificuldades para identificar a origem do ataque, mesmo em um caso de tanta repercussão, nos mostra como conter esse tipo de crime ainda é um enorme desafio. Ela alertou também que a preocupação com a segurança online não deve ser só de governos e empresas, mas sim de todos.

Questionada sobre a natureza das publicações do grupo Estado Islâmico nas redes sociais, Camille foi enfática ao dizer que ela não acha certo chamar o comportamento de cyberterrorismo. Para ela, essas publicações nada mais são do que manifestações virtuais do terrorismo que o grupo já pratica na vida real. Assim, fazer distinção entre uma coisa e outra pode diminuir a importância de um ou outro caso – e todos os casos são gravíssimos. “Hoje eles usam a internet, antigamente usavam a fita-cassete”, diz.

Ao tratar do uso criminoso de novas tecnologias, como as impressoras 3D e a Dark Web – uma espécie de segunda internet onde drogas são vendidos, assassinos contratados e toda sorte de crime ocorre – ela julga ser fundamental distinguir a tecnologia do uso que se faz dela. No caso das Dark Wen, o problema, de acordo com Camille, é como as pessoas usam essas ferramentas. O comportamento criminoso é que deve ser combatido, não o meio onde ele acontece. Sobre as impressoras 3D, ela vai além e acha que a tecnologia precisa ser repensada.

Quando o assunto é privacidade, Camille François exalta o Marco Civil da internet brasileira. Ela acredita que a lei sancionada em 2014 é um ótimo exemplo de como o Brasil lida bem com questões de privacidade. “No meu entendimento, o Brasil não é um país em desenvolvimento. Já está desenvolvido. Vocês fizeram um ótimo trabalho com o Marco Civil”.(Terra)

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