A Luta contra a ‘pirataria’ nas rotas de ônibus Especial e de Fretamento para o Distrito Industrial do Amazonas, em Manaus, termina de ganhar um novo aliado de peso
O Alvo é o acordo firmado entre os empresários das indústrias do Polo Industrial de Manaus (PIM) e os proprietários dos transportes irregulares.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos e da CUT-AM, Valdemir Santana, a promessa é ‘acabar de vez’ com a farra promovida pelos empresários que contratam empresas de ônibus baratas, irregulares para transportar trabalhadores para as suas indústrias, mesmo correndo sérios riscos.
Valdemir diz que não vai admitir que empresas que faturam mais de U$ 300 bilhões por ano, tentem economizar, mas comprometendo a segurança de seus funcionários.
Aumento de piratas
“Não vamos aceitar. O Sindespecial, os Metalúrgicos e a CUT estão alertando o governo e a prefeitura sobre o aumento do número de ônibus e micro-ônibus fazendo transporte irregular no Distrito Industrial. E não adianta os empresários justificarem com um tal de COMPLAS, que ninguém sabe o nível de irregularidade que existe. Eles contratam empresas irregulares porque são mais baratas”, comenta Valdemir Santana.
Para o presidente da CUT, os sindicatos estão exigindo que a Lei nº, 12.587/12, que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana, seja cumprida pelo poder público, com a fiscalização das frotas irregulares.
Paralisação total
“Esse é só o início”, avisa. Na semana que vem, os Metalúrgicos estão fechando a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria. Se os empresários não concordarem, conforme o que está sendo discutido, eles prometem ‘fechar o Distrito Industrial’.
Para o sindicalista, não é possível ver o setor industrial do Estado faturando U$ 300 Bilhões/ano e ficar ‘mendigando miséria’ e colocando a vida dos trabalhadores em risco. “Eles oferecem transporte coletivo de risco, alimentação da pior qualidade, salário um dos piores do Brasil. Não aceitamos mais esse descaso com o trabalhador do Amazonas, avisa.
As reivindicações são dos sindicatos Especial, dos Plásticos, da Alimentação, do Naval, do Comércio. Eles garantem que estão todos juntos na luta contra o massacre que os empresários querem fazer aos trabalhadores de todas as categorias.
Assaltos
A segurança dos trabalhadores (motoristas e funcionários do DI), está comprometida. Virou rotina, acontecerem de dois a cinco assaltos por dia, aos ônibus das rotas do Distrito Industrial, alguns, acompanhado de agressões, facadas e mortes. “Esses trabalhadores é que geram a riqueza do Amazonas”, diz.
Ônibus piratas
Levantamento feito pelo presidente do Sindicato dos Transportes Especial, William Enock, confirma a existência de mais de 2.000 mil ônibus irregulares transportando passageiros para as fábricas do Distrito Industrial em Manaus e, muitos deles, no transporte escolar.
O próximo passo das direções sindicais é o ‘estancamento geral’ de todas as atividades laborais no Distrito Industrial do Amazonas. Ou seja, ‘greve geral no DI’.
Mas só se as reivindicações não forem atendidas. “O aviso foi dado. A paralisação de hoje (28), em algumas ruas do DI, foi só um alerta”, finaliza Santana.
Nota do IMMU
