Estudante de Roraima desenvolve projeto para combater a fome

Matheus Felipe é o primeiro estudante do Norte do Brasil a ser selecionado para o MIT

O estudante da Universidade Federal de Roraima, Matheus Felipe Pereira de Souza, de 23 anos, conseguiu um feito que é para poucos: teve um projeto aceito para um programa do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), dos Estados Unidos.
Matheus desenvolveu um projeto que tem o objetivo de encontrar uma solução para a fome e para a pobreza usando a tecnologia e chamou a atenção do MIT, universidade norte-americana de ponta.


A ideia proposta pelo estudante é utilizar bancos de dados para prever a demanda e oferta de produtos em comércios de locais onde há fome. Assim, será possível mapear os alimentos que podem vencer sem serem comprados e eles serão doados a pessoas que têm fome antes que percam o prazo de validade.

“Temos que tentar abordagens novas para velhos problemas” – Matheus Souza, estudante

Por causa dessa proposta, o estudante deve participar em setembro deste ano do Beyond Food Bootcamp em Taiwan, na Ásia. O programa dura uma semana e nele acadêmicos do mundo inteiro ficam “imersos” na procura de soluções para problemas globais relacionados à alimentação.

“É como se fosse um treinamento para jovens líderes focarem nesses projetos que tratam sobre o desenvolvimento de comida, aplicações tecnológicas na comida, como aumentar a durabilidade, a saúde e a eficácia dos alimentos”, explicou Matheus, que faz campanha na internet para arrecadar o dinheiro necessário para a viagem (Veja como doar ao fim da reportagem).

No MIT será desenvolvida a parte final do projeto que pretende tornar as pessoas que recebem os alimentos em “agentes contra a fome e a pobreza”, além de criar um plano para que essas doações sejam lucrativas para as empresas que decidirem participar do projeto. Outros três brasileiros foram aceitos na mesma seleção.

Matheus Felipe é o primeiro estudante do Norte do Brasil a ser selecionado para o MIT

Filho de professor universitário e de uma técnica universitária, o estudante conta que sempre cresceu no meio de pesquisas acadêmicas. Ele é formado em relações internacionais pela UFRR e atualmente cursa mestrado em geografia na mesma universidade.

Souza contou que a aprovação no programa foi uma surpresa. “Eu nunca pensei que seria aprovado pelo MIT porque nunca vi alguém de uma universidade tão pequena conseguir”, disse.

1º estudante do norte a ser aceito em programa

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que selecionou Matheus Souza, foi considerado nos últimos cinco anos a melhor universidade do mundo, de acordo com o ranking da QS World University Ranking.

Os registros do programa comprovam que Matheus é o primeiro estudante de uma universidade do Norte do Brasil a ser convocado pelo MIT.

Em Taiwan ele deve passar uma semana “imerso” no programa, das 8h às 22h, recebendo orientações de professores do MIT, empresários, cientistas e pesquisadores. No último dia, os projetos são apresentados para futuros investidores.

O projeto

O trabalho de Matheus busca uma solução para a fome e é dividido em três partes. A primeira consiste na identificação dos focos de fome. A segunda etapa quer estabelecer parcerias público-privadas para tentar angariar alimentos e fazer a redistribuição.

A ideia de Matheus é usar dados para prever o histórico de vendas em mercados e formar uma parceria para que os alimentos que não serão vendidos sejam doados antes do vencimento.

A etapa final, que será desenvolvida no bootcamp, é descobrir como tornar as doações interessantes monetariamente para os mercados. Além disso o estudante deverá desenvolver uma forma para que as pessoas que hoje sofrem com a fome se tornem agentes contra ela e contra a pobreza.

“Esse é o desafio que o MIT topou desenvolver comigo. Por isso ireia passar uma semana lá desenvolvendo a terceira parte desse projeto. Ao meu ver é a mais importante”, afirmou.

Campanha para arrecadação de fundos

Para custear o programa e a viagem Matheus montou uma campanha para arrecadar fundos pela internet. Pelos cálculos do estudante é preciso arrecadar R$ 35 mil. “Se não conseguir o dinheiro, não tenho como ir”, afirmou.
Na página montada por ele é possível conhecer detalhes sobre o custo do programa e informações sobre as doações.
Interessados em ajudar podem doar a partir de R$ 10.

Fonte: ITAQUERA

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