EUA e aliados lançam ataques contra Estado Islâmico no Iraque e na Síria

Ataques aéreos dos EUA e Aliados/Foto: EFE

Os Estados Unidos e seus aliados alvejaram o grupo extremista Estado Islâmico com 20 ataques aéreos no Iraque, e 22 na Síria, ontem, sexta-feira (20), disse o Exército americano em comunicado hoje, sábado (21). Entre os prováveis aliados, estariam a Turquia, segundo as agências de notícias internacionais.
Não está claro se os ataques são em apoio ao pedido do presidente da França, François Hollande, que pediu que os membros da ONU apoiem a luta contra o EI após os atentados que mataram 130 pessoas em Paris na semana passada.


Seis dos ataques no Iraque atingiram três unidades táticas do Estado Islâmico, uma instalação de comando e controle e posições de combate perto de Ramadi, segundo os militares.

Os ataques na Síria incluíram 13 perto de Mar’a, atingindo unidades táticas e três edifícios do Estado Islâmico.

Um ataque perto de Abu Kamal, na Síria, acertou um ponto de coleta de petróleo do Estado Islâmico, acrescentou o Exército no comunicado.

Segundo a agência semipública turca “Anadolu”, as forças aéreas da Turquia e dos EUA lançaram uma operação com caças-bombardeiros para apoiar grupos rebeldes que combatem na Síria o Estado Islâmico. Seis caças F-16 turcos e quatro F-15 americanos, assim como um avião de combate AC-130 e três drones deram suporte a uma brigada que conseguiu ontem expulsar os jihadistas de dois povos turcomanos ao nordeste de Aleppo, próximos da fronteira turca.

O EI perdeu 70 combatentes na batalha, que durou toda a noite, estimaram as fontes militares citadas pela agência turca.

Resolução da ONU autoriza “todas as medidas necessárias”

Ontem (20), o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou uma resolução que autoriza todos os países com capacidade a utilizarem “todas as medidas necessárias” para atuar contra o grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. A resolução, aprovada por unanimidade, foi apresentada pela França em resposta aos atentados do  dia 13 em Paris, que provocaram pelo menos 130 mortos.

O texto propõe “aumentar e coordenar” a luta antiterrorista e manifesta a intenção de reforçar as sanções contra cidadãos e entidades relacionados com o grupo extremista Estado Islâmico. O documento pede ainda para que seja feito um maior esforço para deter o fluxo de combatentes estrangeiros que viajam para o Oriente Médio.

Ataques da Rússia “por Paris”

Na sexta-feira (20), o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, disse que mais de 600 rebeldes haviam sido eliminados como resultado de um ataque de um míssil de cruzeiro a um alvo na província síria de Deir ez-Zour, segundo a agência de notícias RIA.

Os mísseis lançados nesta sexta pela aviação da Rússia levavam mensagens como “Por Paris” e “Pelos nossos”, segundo um vídeo divulgado pelo Ministério da Defesa russo.

Em um comunicado separado, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o chefe da pasta, Sergei Lavrov, e o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, tiveram uma conversa por telefone e discutiram a necessidade de esforços conjuntos para combater o Estado Islâmico na Síria e a necessidade de negociações entre Damasco e a oposição.(UOL/Reuters/EFE)

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