
Segundo dados da plataforma Ruralômetro, da agência Repórter Brasil, os deputados federais Arthur Bisneto (PSDB) e Atila Lins (PP) estariam com a “febre ruralista”, pois não defendem a floresta, os recursos hídricos e as populações tradicionais do Estado mais natural do planeta, o qual eles deveriam representar.
O Ruralômetro confrontou os votos dos parlamentares em projetos de leis e medidas provisórias, além de projetos apresentados, que têm impactos sobre o meio ambiente, os povos indígenas e trabalhadores rurais.
A plataforma apresenta uma nota, representada pela temperatura humana na escala de graus Celsius. Assim, segundo a Repórter Brasil, foi avaliada a atuação parlamentar em questões que causam impacto importante sobre a região, como projetos que tratam da redução de Unidades de Conservação ou de combate ao trabalho escravo.

Na bancada do Estado, o deputado federal Arthur Bisneto, filho do prefeito de Manaus, Arthur Virgílio, ambos do PSDB, atingiu a temperatura no Ruralômetro de 37,1°C, e é citado negativamente por ter ‘recebido doações de empresas’ que haviam cometido infrações ambientais.
No total, segundo o levantamento da Repórter Brasil, Bisneto recebeu mais de R$ 1 milhão das construtoras Andrade Gutierrez e Camargo Côrrea e da empresa Alesat Combustíveis.
Amazonas
Os deputados com temperatura entre 36°C e 37,3°C estariam saudáveis. Aqueles com temperatura entre 37,3°C e 38°C estariam com uma febrícula. E os acima de 38,1°C estariam com febre. É o caso do filho do prefeito de Manaus, Arthur Bisneto, que ‘ocupou’ a casa civil do município por conveniência.
“Quando pior o impacto socioambiental dos projetos que o parlamentar votou ou propôs, mais alta é a sua temperatura. Podendo atingir níveis de febre”, diz a agência sobre o sistema de pontuação.
Ana Magalhães, editora da Repórter Brasil, comenta que os critérios do Ruralômetro são bastante claros. Ela explica que a ferramenta tem um recorte específico para o Meio Ambiente, trabalhadores rurais e comunidades indígenas.
Plataforma Ruralômetro