
ex-ministro Carlos Gabas foi alvo de condução coercitiva da Polícia Federal, quando o investigado é levado para depor sem aviso prévio, na manhã desta quinta-feira (23), na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.
Gabas foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil do governo Dilma Rousseff e ministro da Previdência Social no governo Lula, além de já ter ocupado o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.
A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Custo Brasil. O objetivo é apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Os valores dos contratos investigados giram em torno de R$ 100 milhões e foram expedidos entre os anos de 2010 e 2015.
O ex-ministro Paulo Bernardo (das pastas Planejamento e Comunicações no governo Lula), marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi o primeiro a ser preso na Operação.
Em poucas horas, já estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.
Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.(iG)