Ex-presidente da Petrobras Bendine, tinha passagem só de ida para Portugal

ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine/Foto: Divulgação

O ex-presidente da Petrobras e do Banco do Brasil (BB) Aldemir Bendine, detido hoje no âmbito da operação Lava Jato, tinha passagem só de ida para Portugal, informou a polícia brasileira.


A viagem foi descoberta após o Ministério Público Federal (MPF) ter acesso a informações telefônicas do acusado, com o sigilo quebrado pela investigação.

Ao justificar a prisão do ex-presidente da Petrobras e do BB, o procurador brasileiro Athayde Ribeiro Costa disse que ele tem nacionalidade italiana e iria viajar para Portugal com passagem só de dia.

Passagem de Bendine foi comprada para esta sexta-feira (28) (Foto: Reprodução

Além disso, afirmou que os outros dois presos nesta operação, André Gustavo Vieira da Silva e Antônio Carlos Vieira da Silva Jr, tinham negócios em Portugal e um deles pretendia embarcar para Lisboa ainda hoje.

“[Aldemir] Bendine tinha passagem comprada para Portugal para a data de amanhã [sexta-feira 28 de julho] e as informações dão conta que André Gustavo [Vieira da Silva] tinha passagem para Lisboa para data de hoje. Estes fatos foram levados em conta pelo MPF”, disse o procurador.

O procurador declarou que no caso de Aldemir Bendine “a descoberta da viagem foi fruto da quebra telemática do suspeito” e mencionou que foi descoberto que havia só uma passagem de ida para Lisboa.

“Havendo ou não uma passagem de retorno isto não muda a necessidade de prisão preventiva”, acrescentou.

Estas detenções ocorreram na 42.ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Cobra”. Segundo a “delação” (quando alguém fornece informações às autoridades para ter benefícios, nomeadamente na pena de prisão) feita por Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, Bendine solicitou e recebeu três milhões de reais (816,3 mil euros) para auxiliar a construtora Odebrecht em negócios com a Petrobras.

ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine/Foto: Divulgação

Conforme os delatores, o dinheiro foi pago em espécie através de um intermediário. Aparentemente, de acordo com a PF, estes pagamentos só foram interrompidos com a prisão de Marcelo Odebrecht, em junho de 2015.

Em 2015, Aldemir Bendine era braço direito da então Presidente brasileira, Dilma Rousseff.

Aldemir Bendine deixou o Banco do Brasil com a missão de acabar com a corrupção na empresa estatal de petróleo, alvo da operação Lava Jato, mas, segundo os delatores, o acusado já cobrava subornos no Banco do Brasil e continuou a cobrar na Petrobras.

Fonte: DN

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