Exames de sangue podem diagnosticar doenças hepáticas

Foto: Rprodução/Pixabay

Por Rodolfo Milone


Os exames de sangue são uma maneira não invasiva de diagnosticar algum problema que esteja colocando a saúde em risco. Além do tradicional e conhecido hemograma, os testes da função hepática são investigações do tipo conhecidas comumente.

Eles medem, nas amostras de sangue, os níveis de enzimas e de outras substâncias produzidas pelo fígado. Seja como monitoramento ou como primeira etapa da investigação diante de suspeita de alguma doença específica, o hepatologista pode solicitar sete exames no sangue.

Se um ou mais entre os marcadores apresentar resultados diferentes do normal para o organismo, é possível apontar que o fígado está sendo agredido ou já está danificado. Combinadas, as investigações podem não só detectar doença, inflamação, lesão ou disfunção, como avaliar a gravidade do quadro do paciente.

Testes da função hepática

Os testes da função hepática serão solicitados quando há suspeita de problema no fígado. Entre as doenças, lesões e alterações que o conjunto identifica, pode-se destacar hepatites, cirrose, síndrome de Gilbert, fibrose, cálculos biliares, tumores, colestase, obstrução nos condutos biliares e outras enfermidades.

O teste de aspartato aminotransferasa – enzima também conhecida como transaminase AST, transaminase TGO, transaminase oxalacética – auxilia no diagnóstico de doenças hepáticas e musculares. São avaliadas junto a outras enzimas. Em caso de hepatite alcoólica, os níveis de TGO se elevam.

Já o exame de alanina aminotransferase – transaminase ALT, transaminase TGP, e transaminase pirúvica – analisa enzimas mais sensíveis que a TGO. Os níveis de TGP aumentam em casos de alcoolismo, hepatites virais, hepatites não-alcoólicas, cirrose, colestase e hemocromatose.

Outra investigação possível é a da bilirrubina total e suas frações. Essa substância é produzida como resultado da filtragem de glóbulos vermelhos que é realizada pelo fígado. Costuma ser eliminada corpo nas fezes e na urina. O exame costuma ser indicado em casos de icterícia, especialmente em recém-nascidos, ou além de pacientes com hepatite, quadros de alcoolismo ou abuso de drogas. Se for detectada em excesso no sangue, pode indicar cirrose, síndrome de Gilbert, hepatite, intoxicação e até mesmo condições como lesões no fígado, tumores, fibrose e cálculos biliares.

O exame de gama glutamil transferase (gama GT) ou transaminase GGT investiga a enzima produzida no pâncreas, no coração e no fígado. Se a concentração estiver elevada, pode indicar desde obstrução biliar a pancreatite, infarto e cirrose. O teste auxilia no diagnóstico de colestase hepatobiliar e detecta o consumo de álcool pelo paciente. Torna-se um indicador de problema hepático quando realizado juntamente com os outros exames específicos para o fígado, como TGO, TGP, bilirrubinas e fosfatase alcalina.

A fosfatasse alcalina (FA) é uma enzima encontrada nas bordas das células que formam os canais biliares, pequenos tubos que drenam a bile do fígado para o intestino, onde é necessária para ajudar na digestão das gorduras. Dependendo do índice apresentado nos exames, pode sinalizar obstrução dos condutos biliares.

O teste de albumina detecta a baixa concentração da proteína no corpo, auxiliando no diagnóstico de insuficiência hepática.

Por fim, o exame de tempo de protombina (TP), também conhecido como “International Normalized Ratio” (INR) ou tempo de atividade da protrombina (TAP), serve para medir o tempo de coagulação do sangue. Aponta lesões hepáticas ou deficiência da absorção de vitamina K causada pela falta de bile.

Investigações adicionais

A partir das análises sanguíneas, o médico hepatologista pode pedir outros exames, de sangue e de imagem, para diagnosticar com mais clareza a causa de determinada doença do fígado. Com novos resultados, podem ser iniciados os procedimentos para o tratamento adequado a cada caso.

Exames também são etapas importantes no acompanhamento de enfermidades, permitindo que haja o monitoramento da evolução da doença e de como o corpo está reagindo às medicações.

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