Exposição no Sumaúma Park celebra o artista plástico Moacir de Andrade

Obras imortais de Moacyr Andrade serão expostas/Foto: Arquivo

Paisagens ribeirinhas, recortes urbanos e cenas da vida cotidiana na capital, e no interior do Amazonas, compõem o “Panorama da Arte de Moacir Andrade”, exposição que inaugura, amanhã, terça-feira (25), às 10h00, na Sala Coletiva das Artes, no Sumaúma Park Shopping, Cidade Nova.


A Exposição, realizada pela Secretaria de Estado de Cultura, em parceria com o centro de compras da Zona Norte de Manaus, homenagem o saudoso artista plástico e escritor amazonense, e segue em cartaz até 24 de setembro.

A Sala Coletiva das Artes fica aberta para visitação no mesmo horário de funcionamento do Sumaúma Park Shopping, das 10h às 22h00, de segunda à sábado, e das 15h00 às 21h00, aos domingos e feriados.

Obras imortais de Moacyr Andrade serão expostas/Foto: Arquivo

“Panorama da Arte de Moacir de Andrade”, reúne uma amostra da longa e intensa trajetória do artista amazonense, que se destacou pelo olhar diferenciado sobre a paisagem amazônica. Com curadoria de Sergio Cardoso, a exibição reúne 12 obras pertencentes ao acervo da Pinacoteca do Estado, produzidas com técnicas de acrílico, guache e aquarela sobre tela, com ou sem textura. As peças, datadas das décadas de 1940 e 1950, dividem-se em temas diversos, entre eles a vida urbana de Manaus, personagens, profissões, arquitetura, barcos e festas.

“Moacir de Andrade foi um dos artistas mais expressivos do Amazonas, senão o mais expressivo. Não apenas ajudou a divulgar pelo mundo as paisagens e o dia a dia da Amazônia, com seus traços e cores singulares, como trabalhou ativamente para colocar a identidade amazônica em pauta na produção artística local, contribuindo para formar gerações de artistas no Amazonas, à frente do Clube da Madrugada e da Pinacoteca do Estado”, afirma o secretário de Cultura, Robério Braga.

Livros e filme – Além das telas, a exposição na Coletiva das Artes vai colocar à disposição dos visitantes uma seleção das obras literárias publicadas pelo artista. E o público poderá conferir ainda um dos filmes da série Memória Oral, no qual Moacir de Andrade “fala” com o público. Coordenado pela Secretaria de Cultura, o longa-metragem de cerca de 70 minutos foi gravado com o próprio Andrade, entre 2008 e 2016, e tem direção, fotografia, roteiro e pesquisa de Sergio Cardoso. Para o curador, a exibição vai reviver o gênio artístico de um dos grandes nomes da arte no Amazonas. “Moacir vai estar vivo durante a exposição!”, declara.

Amigo pessoal do artista plástico, Cardoso faz questão de ressaltar a intimidade que os dois tinham, dentro e fora do ambiente profissional. “Sempre tivemos um relacionamento cordial, e eu sempre o respeitei muito. Afinal, foi o Moacir quem colocou os quadros do cenário amazônico dentro das casas da classe alta e dos espaços de poder na sociedade. Por causa disso, tudo o que ele fez nos últimos tempos, eu tive o prazer de realizar”, declara.

Trajetória – Nascido Moacir Couto de Andrade, em Manaus, em 1927, foi professor, escritor, artista plástico emérito, historiador e poeta. Fundou a Academia Amazonense de Poesia, a Academia de História e a Pinacoteca do Estado, da qual também foi diretor. Dirigiu também o Teatro Amazonas, o Museu de Numismática, a Fundação Cultural do Amazonas e o Clube da Madrugada.

Moacir de Andrade foi membro titular do Instituto Histórico e Geográfico do Amazonas (IGHA), da União Brasileira dos Escritores, da Associação dos Escritores do Amazonas e Instituto Brasileiro de Antropologia do Amazonas. Entre centenas de prêmios, comendas e outras honrarias que recebeu ao redor do mundo, está o título de Maior Pintor de Paisagens Tropicais do Mundo, dado a ele em Paris, por ocasião do centenário da Queda da Bastilha.

Como artista plástico, Andrade construiu uma trajetória artística sólida e bem sucedida, com mais de 10 mil telas pintadas, distribuídas em mais de 70 países. O amazonense tornou público o ato de pintar, ao promover, durante mais de dez anos, aulas gratuitas de desenho e pintura para quem quisesse participar, aos sábados, em torno do coreto da atual Praça Heliodoro Balbi, antiga Praça da Polícia.

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