Expulsão de Vereador em Manaus pode ter sido atitude de “menino mimado”

Elias Emanuel diz que não vai abandonar a base.
Elias Emanuel diz que não vai abandonar a base.
Elias Emanuel diz que não vai abandonar a base.

A expulsão do vereador Elias Emanuel do Partido Socialista Brasileiro (PSB), pelo placar de 13 a 01, está soando como intransigência da bancada do partido e mais especificamente, do vereador Marcelo Serafim, depois que ele foi fragorosamente derrotado nas eleições para a presidência da Câmara Municipal de Manaus (CMM), em 17 de dezembro de 2014.
Na ocasião, Marcelo tentou impor uma candidatura de última hora, para a presidência da Câmara de Vereadores de Manaus (CMM), quando a maioria dos parlamentares já havia firmado acordo em torno do nome de Wilker Barreto (PHS).
No dia da votação e derrota de Marcelo Serafim, o Correio da Amazônia tentou uma entrevista com ele. Não conseguiu, o vereador teve um “bate boca” com o ex-motorista de seu pai, no plenário, minutos antes e se trancou, literalmente, no gabinete, para ouvir o discurso de agradecimento do presidente eleito, na tentativa de tirar algo que pudesse complicar o seu colega de partido.


Marcelo Serafim
Marcelo Serafim

A decisão de “menino mimado” de querer o doce do outro, quando suas mãos já estão cheias, não foi vista como uma decisão do partido, mas de quem está querendo mostrar que é o dono da banca de guloseimas.
Entrevistado sobre o assunto, o vereador Elias Emanuel foi enfático. Ele disse que acatou a decisão da executiva do PSB embora não concorde com a decisão. De acordo com ele, “o partido é soberano para manter nas suas fileiras, os filiados que lhe convém”.
Elias disse que o PSB escolheu pela sua expulsão, mesmo sendo conhecedor do seu histórico de lutas dentro da sigla. “Eu tenho um currículo de 10 anos de filiado, disputei duas eleições para vereador e o povo de Manaus me reconheceu e me reconduziu para a Câmara”, justificou.
A normativa do TSE que fala da infidelidade partidária, diz no artigo 1º, que o partido pode requerer o mandato do parlamentar quando ele se desfiliar sem o uso da justa causa. “Eu não me desfilei do PSB, eu fui expulso do PSB, então, eu vou aguardar agora os próximos passos. Estou pronto para defender o meu mandato que o povo me conferiu”, avisou o vereador.
Mesmo se dizendo preparado para defender o seu mandato, o vereador ainda não entrou com recurso junto à direção do partido. Ele ainda está conversando com seus advogados para avaliar o momento de dar os passos que o direito exige.
Sobre a sua decisão de apoiar o presidente Wilker Barreto do PHS e não o indicado do seu Partido, disse que é simples explicar: a partir do 2º turno da eleição de 2012, o PSB optou em apoiar o atual Prefeito Arthur Neto. Decidiu fazer parte da sua base, do seu bloco de apoio dentro da CMM.
A partir daí, o PSB ficou como partido da base aliada do prefeito. Foi através dessa decisão, que Elias optou por votar dentro daquilo que ele chama de “coerência que vinha desde 2012”. “A candidatura do Marcelo foi posta no dia da eleição e pra mim foi uma surpresa, más como eu já havia tomado a decisão de votar no Wilker assim o fiz”, pontuou.
Sobre a infidelidade do processo de expulsão, Elias disse que a avaliação sobre o caso será colado na mesa da seguinte forma: em 2006 ele foi candidato a deputado estadual pelo PSB, em 2008 foi candidato a reeleição de vereador no PSB, em 2010 se candidatou a deputado estadual pelo PSB, em 2012 se reelegeu vereador pelo PSB, em 2014 foi o primeiro suplente do deputado Serafim Corrêa para a Câmara Federal pela PSB.
Seguindo o ciclo de serviços prestados ao partido, citou que em 2014, foi ele quem deu o título de cidadão de Manaus ao ex-governador e ex-candidato à presidência da república Eduardo Campos (PSB). “O meu currículo, a minha trajetória histórica do PSB é de fidelidade ao partido”, relembra.
Sobre uma provável mudança de partido, Elias Emanuel garante “que é um divorcio que se inicia, um casamento que simplesmente acabou”. Mas, certamente, a sua carreira parlamentar não vai se encerrar no ato de expulsão do PSB. “O conjunto de responsabilidades me obriga a ter vida longa na vida pública”, destaca.
Ele, inclusive, vai discutir a possibilidade de se filiar ao PSDB do prefeito, nas próximas eleições municiais. Essa é a oportunidade de mudança, que deixou passar quando surgiram novos partidos no Brasil (total de 08), desde que se tornou parlamentar.

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