
O ex-secretário de Estado de Juventude, Esporte e Lazer, Fabrício Lima, vai ter de explicar com todas as letras, o “rombo” de 17 milhões referentes aos três anos (2015, 2016 e 2017) em que esteve à frente da secretaria.
O “rombo” foi divulgado pela atual secretária da Sejel, Janaina Chegas, que afirma que o defícit consta em um balanço feito por ela assim que assumiu a Sejel há 40 dias.
O relatório será encaminhado a órgãos de fiscalização como Ministério Público Estadual (MPE), de Contas (MPU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE). Esses órgãos devem comprovar o “rombo” e fazer com que Fabrício devolva cada centavo gasto irregularmente.
O balanço apontou, por exemplo, que dos R$ 17 milhões, R$ 3,4 milhões são dívidas de prestações de serviços feitos a partir de contratos meramente verbais.

O orçamento da Sejel para passagens é de R$ 1,2 milhão ao ano. Em 2017, foram gastos aproximadamente R$ 5 milhões, mais de quatro vezes o valor do orçamento, sendo metade disso, nos últimos quatro meses.
E das 1.611 passagens emitidas este ano, há apenas prestações de contas referentes a 22 delas.
Um funcionário da Sejel confirmou a “farra” de Fabrício com dinheiro público, que os gastos eram com apadrinhados, amigos e atletas próximos ao ex-secretário.
É claro que Fabrício negou algumas das irregularidades, mas admitiu alguns gastos sob a alegação de que os recursos e passagens eram necessários para divulgar o esporte amazonense lá fora.