
Família do vigilante Elias Pinheiro Ladislau, de 40 anos, está criticando a empresa Grupo GR e o Manauara Shopping, no bairro do Adrianópolis, após a vítima ter sido assassinada com um tiro na cabeça no local de trabalho na noite de segunda-feira (17).
Josias Pinheiro Ladislau, irmão da vítima que também é vigilante fez um desabafo ao falar com a imprensa durante o velório da vítima nesta terça-feira (18). Ele relata falta de apoio tanto da empresa de segurança quanto do shopping.
“Ontem quando o inspetor do shopping me ligou, falando da situação, aí eu perdi as estribeiras. Falei um monte de coisas para ele, que isso estava errado, que a culpa é deles e eles tem que assumir. Ontem, não tive apoio, não compareceu, ninguém da empresa e muito menos do shopping“, contou.
Josias, disse que também já trabalhou no local e criticou o acúmulo de funções sobre os vigilantes. “A gente já tinha reclamado sobre essa situação, eu trabalhei lá 4 anos, eu já fui de lá e a gente já tinha falado que não dá certo um vigilante fazer multi funções como liberar funcionário, receber mercadoria, fazer outras coisas e ainda mais armado. O cara já é vigilante, o portão escancarado, com uma arma do lado, aí você ainda tem que receber fast food tanto de moto quanto de carro como é que o cara vai ter atenção?“, questionou.
De acordo com a informações da Polícia Militar, um carro prata parou na Rua Rui Alberto Costa Lins, bairro Adrianópolis, ao lado do shopping, um suspeito desceu do veículo, se aproximou do segurança para pedir informações e efetuou, pelo menos, um tiro na cabeça dele, roubou sua arma e fugiu.
“Se você está com 15 motos do seu lado, três carros aqui e qualquer pessoa pode pedir informação de você, como dizem que aconteceu com ele [Elias]. O cara foi pedir informação, sacou a arma e deu um tiro na cabeça dele tudo por causa de uma porcaria de uma arma. A gente trabalha com isso, mas é uma coisa que não era para ter lá, é um instrumento que era para ter em um local que você tem proteção, ali é um local aberto”, disse o irmão da vítima.
“O shopping está tirando o corpo fora, não está informando nada, não manda um representante aqui falar alguma coisa“, completou.
Em nota, o Manauara Shopping lamentou a morte do profissional e informou que vai prestar todo o apoio e suporte necessários à família do trabalhador.