Fãs encaram fila e chuva para se despedir de Rita Lee em velório em SP

Foto: Recorte

Sob chuva fraca, fãs enfrentaram fila para acompanhar o velório de Rita Lee. A despedida da cantora ocorre nesta quarta-feira (10), no planetário do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, onde seu corpo será velado.


A cerimônia aberta ao público acontece desde às 10h e está prevista para terminar às 17h. Desde às 5h, já era possível ver uma movimentação de pessoas que aguardavam a liberação da entrada ao local.

O público compareceu ao velório usando camisetas com o rosto de Rita e os óculos, acessório que virou símbolo de Rita Lee.

Fãs que aguardavam na fila do velório, no planetário do Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, prestaram homenagem cantando os sucessos da artista.

Familiares e artistas também se despedem da cantora. Conforme o desejo de Rita, seu corpo será cremado em cerimônia reservada aos familiares e amigos.

Fãs falam sobre representação da cantora em suas vidas

Uma das primeiras a chegar, a estudante Gabriela Kohatsu falou sobre a representação de Rita Lee, especialmente para as mulheres.

“Acho que ela significa muitas coisas para a arte, para o Brasil e, principalmente para nós mulheres. Eu acho que ela move”.

Soraia Abras tem 57 anos. Ela é fã da Rita Lee desde jovem e se inspira na música dela e no vestuário. O primeiro show que participou da Rita foi no Rock in Rio. “Rita vai estar sempre no nosso coração, sempre viva”, desabafou.

Marilucia Alencar tem 58 anos e escuta Rita desde os nove anos de idade, da época de Os Mutantes. Ela passou o amor pela cantora para as três filhas. Uma delas, a Beatriz Alencar de 26 anos acompanhou a mãe hoje. As duas são de Arujá, Grande SP.

Marilucia contou que inspirou também a mãe a gostar dela Rita Lee, disse que ela ficava animada quando escutava alguma música porque lembrava da filha.

Para ela não importa a forma como ela compõe “apaixonada, drogada”, o que importa é que ela canta e cantou sobre a nossa vida cotidiana. “Meu sonho é ser imortal, a Rita falava, e ela é imortal.

“Há duas mulheres que eu admiro na vida: minha mãe e a Rita”, conta Marilucia. “É uma mulher forte que nos representa. Rita para sempre.”

Eliana Pacheco tem 64 anos é de São Paulo e escuta a Rita desde a época de Os Mutantes. A mãe dela, hoje já falecida, gostava tanto de Rita que nomeou a filha mais nova de Rita de Cássia. A irmã dela tem 58 anos e até hoje tem vários posters da Rita em casa.

Eliana afirmou que tem todos os discos da Rita e tem o canelo vermelho por causa dela também. Participa do Rita Leena desde 2017 quando conheceu um grupo de pessoas que faziam parte do bloco em uma sessão de autógrafos da Autobiografia da Rita em uma livraria. A avó dela a chamava de “Ovelha Negra”.

“Eu gosto de gente ousada, sabe? Eu sempre gostei de gente diferente, sempre achei que ela falava de coisas muito sérias brincando. Tem um repertório interessante, com lado lúdico. Nas brincadeiras ela diz as coisas mais sérias. Ela é uma pessoa que se colocou [impôs] no mundo e a gente precisa disso. Rita é muito querida, tem muita luz”, afirma Eliana. “O que ela fez foi uma revolução. [falando da época da ditadura] Ela sempre falava “para que sofrer com despedidas?” Ninguém está conseguindo se despedir dela.”

Fonte: G1

 

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