
Indicadores Industriais mostram que horas trabalhadas na produção diminuíram 0,7%, em abril, frente a março. Com o cenário adverso, o emprego recuou 1% e a massa de salários encolheu 1,7%
Depois das duas altas consecutivas, em fevereiro e março, o faturamento da indústria brasileira caiu 6,4% em abril na comparação com o mês anterior, na série livre de influências sazonais. No mesmo período, as horas trabalhadas na produção recuaram 0,7%. Foi a terceira queda consecutiva do indicador, o que reforça a contração da atividade industrial. As informações são da pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta terça-feira, 2 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A utilização da capacidade instalada recuou 0,2 ponto percentual em relação a março, na série livre de influências sazonais, e ficou em 80,6% em abril. Na comparação com abril do ano passado, a queda foi de 0,4 ponto percentual. “Essas informações sugerem forte ociosidade no parque fabril”, afirma a pesquisa.
Diante desse cenário, as indústrias aceleraram o ritmo de demissões. O indicador de emprego caiu 1% em abril frente a março na série com ajuste sazonal e alcançou o pior resultado registrado desde janeiro de 2009. Na comparação de janeiro a abril deste ano com igual período do ano passado, o emprego na indústria acumula uma queda de 4,1%.
Com isso, a massa real de salários recuou 1,7% e o rendimento médio real do trabalhador diminuiu 0,7% em abril frente a março, na série dessazonalizada. Na comparação entre janeiro e abril deste ano com o mesmo período de 2014, a massa real de salários caiu 4,2%.