
“Decisão de não discursar na celebração do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília, foi talvez a melhor decisão que Bolsonaro teve nos dois últimos anos.
Espero que faça o mesmo dia 7 de setembro”, escreve o jornalista Alex Solnik.
Essa decisão de não discursar na celebração do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (25), foi, talvez, a melhor de Bolsonaro desde que assumiu. Espero que faça o mesmo dia 7 de setembro.
Em seu discurso, o comandante do Exército, general Paulo Sérgio, homenageou Duque de Caxias por sua “atuação marcada pela conciliação, pela prevalência da legalidade, da justiça e do respeito a todos”. Disse que a história “o proclama Conselheiro da Paz, o Pacificador do Brasil”.
E definiu o papel dos militares:
“A defesa da Pátria e a garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem são o farol que orienta o contínuo preparo e o emprego da Força Terrestre”.
Nada de artigo 142, portanto.
O general fez questão de “reafirmar compromisso com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento”.
Nada de golpe, portanto.
Bolsonaro teve de ouvir. E não revidou.
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais “Porque não deu certo”, “O Cofre do Adhemar”, “A guerra do apagão” e “O domador de sonhos”
Bolsonaro calado é um democrata.
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