Fifa afasta ‘todo poderoso’ Valcke denunciado em esquema ilegal de ingressos da Copa

Valcke afastado da FIFA, por corrupção/Foto: Reuters

A Fifa anunciou que Jérôme Valcke foi afastado do cargo de secretário geral da entidade. A entidade divulgou uma nota hoje, quinta-feira, para comunicar a saída do dirigente francês, denunciado em um esquema ilegal de venda de ingressos no Mundial de 2014. Mais cedo, o “Estado de S. Paulo”, e jornais de outros nove países publicaram uma reportagem com denúncias feitas pelo empresário Benny Alon, acusando o francês de lucrar indevidamente com a comercialização de uma parcela das entradas para a Copa do Mundo no Brasil.
“A Fifa anunciou hoje (quinta-feira) que o seu secretário-geral, Jérôme Valcke, foi afastado e liberado de suas funções efetivas com efeito imediato e até um novo posicionamento da Fifa. A Fifa tomou conhecimento de uma série de denúncias envolvendo o secretário-geral e solicitou uma investigação formal pelo Comitê de Ética.”


A denúncia

Segundo as denúncias feitas por Benny Alon, empresário envolvido desde 1990 na venda de ingressos para as Copas do Mundo, Valcke teria montado um esquema para ficar com 50%¨dos lucros da comercialização de uma parcela dos bilhetes da edição do Mundial de 2014, no Brasil. A comercialização seria por um valor quatro vezes maior em relação ao original, e o dirigente teria arrecadado € 2 milhões (R$ 8,83 milhões, na cotação desta quinta-feira) com a operação.

O acordo teria sido firmado em março de 2013, meses após os primeiros contatos entre as duas partes. Ainda segundo o “Estadão”, que ao lado dos outros nove jornais teve acesso a e-mails confidenciais trocados entre Benny Alon e Valcke, eles definiram que ingressos para jogos de muito apelo, como a final no Maracanã e todos aqueles envolvendo a seleção brasileira, teriam essas cotas com valores quatro vezes maior.

Ainda segundo o jornal, “desapareceram” 8,3 mil ingressos da Copa de 2014 que seriam vendidos pela JB Marketing, de Benny Alon. A empresa tinha um acordo com a Fifa para comercializar pacotes de bilhetes VIPs a partir da Copa das Confederações de 2013. Só que os lucros, divididos entre a companhia de Benny Alon e Valcke, sairiam principalmente do Mundial no Brasil.(G1)

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