Começou ontem (11/09) o V Festival Interamericano da Cultura e Arte de Tabatinga. O festival realizado na cidade de Tabatinga a 1.116 km de Manaus, tem como atrações as apresentações das associações folclóricas Onça Preta, representando a nação ticuna, principal etnia indígena do município e do Alto Solimões e da Onça Pintada que representa a etnia Omágua, também presente na região.
O Fincata possui um diferencial em relação a outros festivais no interior do Amazonas. Devido ao fato de o município se situar na tríplice fronteira — Brasil, Colômbia e Peru — ele possui elementos das culturas das três nacionalidades. Outro diferencial é que há seis anos, as associações das Onças substituiu os dois bumbás da cidade. “Nós tínhamos que criar uma identidade nossa e não copiar os outros festivais”, afirma o presidente da Onça Preta, Advanir Bastos. Por ser um festival interamericano, o evento reúne artistas das três nacionalidades.
O Fincata será aberto oficialmente às 19h30, com a apresentação da banda de música do 8º. Batalhão de Infantaria de Selva (8º. BIS) e em seguida a primeira noite de disputa entre as duas associações folclóricas, sendo a primeira a Onça Preta e fechando a noite a Onça Pintada campeã do ano passado.
Na sexta-feira, segunda noite do festival segunda noite do festival será dedicado para as apresentações de grupos indígenas da região, bandas musicais locais, apresentação do humorista F. Cabocante e fechando a noite a atração internacional, a do cantor colombiano Lukas Bonilha com o seu repertório de “Vallenato”, ritmo colombiano com forte presença na fronteira.
As onças voltam a se apresentar no sábado abrindo a noite da disputa a Onça Pintada campeã do ano passado e em seguida a Onça Preta.
O Festival será encerrado com a apresentação do cantor pop Latino.
O Fincata foi criado em 1993 pelo então prefeito Francisco Balieiro de quem o atual prefeito, Raimundo Carvalho Caldas foi secretário municipal da Ação Social.
A iniciativa foi baseada no fato de a região reunir cultura de povos de três nacionalidades, brasileira, colombiana e peruana, presentes na região. O ponto alto do festival era o concurso de música.
O festival teve três edições (1993/1994/1995), apesar de atrair milhares de pessoas para a cidade de Tabatinga foi abandonado pelos gestores municipais posteriores, sendo reativado em 2013 por Raimundo Carvalho Caldas.
(Eduardo Gomes – Jornalista)