
Encerra na próxima quinta-feira (13), o treinamento feito no Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) com cientistas japoneses. O treinamento diz respeito às técnicas clássicas em virologia, utilizadas na rotina do Laboratório de Arbovírus do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIID), que é referência no Japão.
O NIID é um centro de pesquisa em saúde pública ligado ao Ministério da Saúde japonês. Entre os dias 25 e 28 do mês passado, os pesquisadores do NIID e a equipe do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados (ViVER) do ILMD/Fiocruz Amazônia utilizaram amostras do vírus Oropouche para preparação de experimentos que serão realizados durante treinamento desta semana.
“O workshop é uma oportunidade para os dois lados, visto que é uma oportunidade para pesquisadores brasileiros aprenderem como os pesquisadores japoneses realizam algumas técnicas clássicas de pesquisa em virologia, bem como é importante para validar os protocolos japoneses como parte do processo de preparação daquele país em caso de suspeita de casos da febre Oropouche no Japão”, explica o virologista Felipe Naveca, coordenador do ViVER, da Fiocruz Amazônia, e chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).
A comitiva japonesa foi recebida na terça-feira, 25/02, pela diretora da Fiocruz Amazônia, Stefanie Lopes, e o virologista Felipe Naveca. A equipe do Japão é formada pelos pesquisadores Shigeyuki Itamura, que atua nas relações internacionais do NIID e consultor científico do Projeto FINDINGS; o Dr. Chang-Kweng Lim, chefe do Laboratório de Arbovírus do Departamento de Virologia do NIID, juntamente com o gestor da JICA Kenichiro Tominaga e a intérprete Sra Mariko Arai.
O virologista explica que o fortalecimento do trabalho de vigilância se baseia na resposta à pandemia de Covid-19 dada pela Fiocruz. “Dentro desse projeto, estão previstas ações de fortalecimento que envolvem todas as unidades que estiveram diretamente ligadas ao trabalho de vigilância na época da resposta à Covid-19. Essa fase de colaboração, além do treinamento com base na experiência do Dr Lim em arboviroses, também permitirá que os cientistas japoneses validem os seus insumos com as amostras que temos aqui no laboratório, para estarem preparados para a vigilância do vírus Oropouche, uma vez que não há casos no Japão”, salienta.