Flamengo derrota o Vasco por 94×86 na Arena Amadeu Teixeira

Fotos: Mauro Neto/Sejel

Um verdadeiro duelo de gigantes. Assim foi a partida inédita em Manaus entre Flamengo x Vasco, pelo Novo Basquete Brasil (NBB), que ocorreu na tarde deste sábado, dia 11, na Arena Amadeu Teixeira (Loris Cordovil). Em quadra, quem se deu melhor foi o time Rubro-Negro, que venceu por 94×86, descontando o primeiro clássico, que ocorreu no Rio de Janeiro. O evento reuniu 4.104 pessoas e contou com o apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).


A partida, que reuniu as principais torcidas cariocas em Manaus, contou com uma operação de segurança com o efetivo de 200 Policias Miliares (PMAM), além de segurança privada e 100 voluntários. O evento teve lugares específicos para a torcida, sendo 70% destinado aos flamenguistas e apenas 30% aos vascaínos.

“Atuando junto com a Polícia Militar, conseguimos ter uma partida tranquila e garantimos a integridade de todos. Agradecemos a todos que foram com o espírito realmente de torcedor e contribuíram com o espetáculo. O basquete por si é um show e os amazonenses abrilhantaram a partida com a receptividade e calor humano. Tenho certeza que para o jogo Flamengo x Brasília o público vai aumentar e o espetáculo será ainda maior”, disse o titular da Sejel, Fabricio Lima.

Um dos principais destaques do Fla na partida, o ala-pivô Olivinha parabenizou o torcedor do clube que foi em peso assistir o confronto. A explosão das arquibancadas foi sentida dento de quadra. “Estou bastante feliz com a vitória. Estou no Flamengo há 12 anos, já joguei o clássico várias vezes, e a torcida sem dúvida nenhuma é fundamental para o Flamengo”, afirmou o atleta.

Embora a derrota prejudique o Vasco na tabela, o ala-armador Hélio aprovou a atitude da equipe em quadra. “Foi muito bacana jogar aqui em Manaus. Foi um grande espetáculo, um grande jogo, e infelizmente não conseguimos a vitória. Valorizamos até o último minuto a vitória do Flamengo e o parabéns, hoje, é do Flamengo”, disse.

Para o treinador do Gigante da Colina, Dedé Barbosa, a equipe Cruz-Maltina ainda está em evolução. “O Flamengo hoje em dia é o time a ser batido. O time do Vasco foi merecedor demais, brigou até o final. Estamos de parabéns e orgulhoso demais. Estamos crescendo com o time, é o nosso primeiro ano (na elite do basquete) e jamais vou dar desculpa para a derrota. O Vasco perdeu e o Flamengo mereceu essa vitória”, declarou

O jogo

A previsão de um jogo duro ocorreu. Com as duas equipes impulsionadas pelos fanáticos torcedores, Vasco e Flamengo fizeram uma disputa pegada e com o placar apertado. Dominando o arremesso de três pontos, o Rubro-Negro passou à frente do Gigante da Colina e chegou a ter nove pontos de vantagem com as cestas de três pontos de Marcelinho, Ramon e Marquinhos e dos pontos de ataque de Olivinha. O Gigante da Colina encostou e fechou o primeiro quarto com três pontos atrás: 25 a 22.

No segundo quarto, o treinador do Vasco, Dedé Barbosa, orientou os jogadores a apertarem a marcação, evitando o arremesso de três pontos do rival. O pedido foi atendido e o Vasco liderado pelas cestas de Hélio e Wagner não deixou o rival respirar. Restando 10 segundos para o final do quarto, o ala David Jackson teve a bola roubada na entrada do garrafão, Marquinho recebeu na frente enterrou a cesta de dois pontos e deixou o time Rubro-Negro na frente: 43 a 41.

Com a marcação acirrada tentando evitar os arremessos de três pontos, o Gigante da Colina acabou se descuidando dos lances individuais. O jogador Olivinha aproveitou os espaços dados pela defesa vascaína e se tornou o destaque na partida. O ala-pivô aproveitou os lances de rebote e acabou pontuando nas oito oportunidades de arremesso de dois pontos. Pelo lado do Vasco, David Jackson acertou as três bolas de três pontos fechando o terceiro quarto em 68 a 64.

Os 10 minutos finais do último quarto acabaram sendo aproveitados melhor pelo líder da competição. A vitória do Rubro-Negro acabou sendo construída com os arremessos de dois pontos e pelas jogadas. Ainda com a defesa tentando se encontrar e sem mostrar poder de reação, o Gingante da Colina perdeu a “revanche” pela diferença de oito pontos: 94 a 86.

Desafio do torcedor

Os apaixonados pelo basquete também puderam experimentar a sensação de ser um jogador, nem que fosse por alguns minutos. O público que compareceu à Arena pode participar do Desafio do Torcedor, hora antes do início da partida, na entrada do ginásio. Quem acertou a cesta de 3 pontos ganhou brindes, como ingressos para Flamengo x Brasília, dia 1 de abril, em Manaus.

“Estou feliz por conseguir um ingresso. Acertei os arremessos e consegui um ingresso para o próximo jogo”, disse o estudante Isac Sadrac, de 11 anos.

Fotos: Mauro Neto/Sejel

Mais NBB em Manaus

No dia 1 de abril, a Arena Amadeu novamente recebe a equipe Rubro-Negra que desta vez enfrenta o Brasília, às 13h (horário local). O duelo de campeões da NBB teve a vitória do time da Capital Federal na última partida no Ginásio Nilson Nelson em Brasília por 95 a 83. O novo encontro é válido pela última fase classificatória do torneio.

A negociação foi acordada dia 24 de fevereiro entre o titular da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), Fabricio Lima, com os representantes do mandante da partida, o time Rubro-Negro.

Nota – jogo FLAMENGO X VASCO

A Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) informa que a paralisação logo no início da partida entre Flamengo x Vasco, neste sábado, dia 11, foi devido a água da chuva ter invadido o sistema de ventilação da Arena Amadeu Teixeira. A entidade esclarece que durante a semana que antecedeu o jogo, uma lona foi colocada na cúpula do ginásio e a medida foi testada várias vezes, inclusive com o time treinando em quadra, mas a forte ventania resultou que respingos atingem o palco da partida, que foi rapidamente solucionado pela equipe de limpeza e manutenção.

Para o próximo jogo, entre Flamengo e Brasília (dia 1 de abril), será realizado um estudo técnico para que o fato não se repita, mas a Sejel faz questão de deixar claro que o ocorrido não foi por falta de manutenção do ginásio e/ou goteiras, mas resultante da estrutura física, o qual seguiu parâmetros de construção.

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