
Desde o fim de semana, Manaus amanhece encoberta por fumaça vinda de municípios vizinhos. Embora relate que fez uma força-tarefa para evitar o problema, o governador Wilson Lima falhou na missão e o resultado é visível diante de um cenário insalubre e qualidade do ar cada vez pior.
A fumaça começou ainda na última sexta-feira (9). No domingo (11), a situação piorou. A chuva da manhã desta terça-feira (13) ajudou a amenizar o problema, mas ainda não é suficiente para conter os danos causados pela poluição.
Conforme publicação da Folha de S. Paulo, a poluição por fuligem de queimadas, com interferência direta no ar respirado pela população, não se restringe à capital. A fumaça invadiu outras cidades mais próximas a Manaus e ao sul do Amazonas.
Municípios como Humaitá e Lábrea estão com altos índices de desmatamento. A maioria é atribuído à agropecuária, devido à abertura de pastos. Autazes, que fica mais próximo à capital amazonense, também registra alta no número de queimadas.
Enquanto isso, resta à população apenas se acostumar com a fumaça. O problema já aconteceu em outros anos, mas ficou mais agravante no ano passado.
Em nota após a publicação da reportagem da Folha de S. Paulo, o governo do Amazonas disse que “a fumaça em Manaus é proveniente principalmente de queimadas no sul do estado, “em sua maioria em assentamentos e áreas sob fiscalização federal. Em agosto, as queimadas se concentraram em áreas federais, e uma menor parte em áreas não destinadas (9,7%) e em unidades de conservação estaduais (7,6%)”.
“O governo do Amazonas vem executando desde o início do ano uma série de ações de prevenção e combate às queimadas, concentrando esforços nas áreas sob fiscalização do estado”, cita a nota enviada à Folha de S. Paulo.
No entanto, a população segue sofrendo com a má qualidade do ar, resultado da fumaça.