O simulado realizado ontem, domingo (17), pelos órgãos de Segurança Pública e Forças Armadas, mostrou a habilidade das tropas especiais da Polícia Militar do Amazonas, dentre elas a Companhia de Operações Especiais (COE) com os atiradores de elite (Snipers), Grupamento Marte, Rocam e Batalhão de Choque, vento que serviu para aprimorar os protocolos previstos no Plano Tático Integrado para a Segurança dos Jogos Olímpicos 2016, em Manaus.
Atuando de forma integrada com os demais órgãos de Segurança (Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Exército, Departamento de Perícia Técnico-Científica), os policiais vivenciaram situações consideradas de alto risco: atentado com reféns e suspeita de artefato explosivo nas proximidades da Arena da Amazônia, na avenida Constantino Nery, zona centro-sul.
Todos os procedimentos realizados durante os treinamentos foram acompanhados pelo Centro Integrado de Comando e Controle Regional do Amazonas (CICC-AM), com a presença de interlocutores dos órgãos no local do Simulado, na avenida Constantino Nery, zona centro-sul.
O evento, que contou com a participação de órgãos municipais (Samu e Manaustrans), seguiu os protocolos de atuação integrada que serão adotados em todos os jogos, segundo explicou o secretário de Segurança Pública, Sérgio Fontes. “Um simulado como este serve para refinar os protocolos integrados que vamos utilizar nos jogos. Na prática, em caso de qualquer ocorrência que fuja da normalidade, o colegiado formado por diversos órgãos, irá adotar a melhor solução, cada um no seu eixo de atuação”, afirmou.
Etapas – O simulado, realizado em três etapas, durou aproximadamente 60 minutos, e os agentes de segurança tiveram que lidar com três situações de risco que demandavam atuação rápida e com a preservação das vidas. A primeira delas simulou um bloqueio policial rompido por uma facção criminosa fictícia a fim de testar os comandos policiais no controle de distúrbios. “Nesse caso tivemos a tropa convencional que ficará nas áreas de bloqueios atuando para impedir a tentativa de invasão dessa facção criminosa, preservando a área isolada, e garantindo a integridade de todos os cidadãos”, explicou o subcomandante da Polícia Militar do Amazonas, coronel Euler Ribeiro.
Na segunda fase, um homem armado faz refém um cidadão ameaçando-o de morte. Para tentar um acordo e salvar a vítima, a tropa especializada da Polícia Militar foi acionada para negociar com o criminoso. Sem sucesso, a decisão do colegiado foi utilizar um atirador especial, que atingiu com disparo o bandido, resguardando a vida da vítima.
Na terceira demonstração, um material suspeito de conter artefato explosivo é deixado nas proximidades da Arena da Amazônia. Policiais do Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte) foram acionados, isolaram o local, e com os recursos necessários realizaram a contramedida que eliminou qualquer risco de explosão.
O coronel Euler Ribeiro destacou que o simulado serviu para testar as diversas frentes de atuação da PM, que serão empregadas durante os jogos, dependendo da necessidade de cada atuação. “A Polícia Militar irá atuar em diversas áreas, dependendo da necessidade da ocorrência e conforme deliberação dos protocolos integrados. Teremos as tropas especiais preparadas para as ocorrências mais críticas, a tropa convencional atuando no policiamento ostensivo e preventivo na área do evento e em toda a cidade”, destacou.
De acordo com o secretário de Segurança, Sérgio Fontes, o simulado foi realizado dentro dos parâmetros estabelecidos do Plano Tático Integrado para os Jogos Olímpicos em Manaus. “Os treinamentos são importantes para avaliarmos o que podemos otimizar de recursos para garantir com eficiência a segurança do evento e da cidade”, informou.