A fumaça gerada pelos intensos incêndios na Amazônia, que ocorrem em níveis alarmantes há semanas e já atingem Unidades de Conservação e Terras Indígenas, se deslocou para São Paulo, Paraná e a Bolívia. A situação pode ser vista por imagens do satélite GOES 16, divulgadas pela MetSul nesta quarta (7).
Além disso, na própria Amazônia há cidades cobertas pela fumaça, como Rio Branco (AC), onde o nível de poluição do ar registrado é de 225 microgramas por metro cúbico, valor quase 10 vezes maior que o máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, a cidade atingiu o nível de alerta na saúde na escala da Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do Acre, coordenado pelo Ministério Público do Acre (MPAC).
Nos últimos dias, a previsão era justamente do deslocamento da fumaça para o Sul, o que se confirmou nesta quarta. Segundo o boletim do MetSul, chama a atenção a “grande quantidade de fumaça” nas imagens de satélite.
Devido às correntes de vento, um corredor de fumaça de mais de 5 milhões de quilômetros quadrados se formou do Norte ao Centro-Oeste do país, mas agora a poluição já é vista no Paraná, no extremo oeste do estado de São Paulo e até na Bolívia.» LEIA MAIS
Acre sob fumaça
Segundo os dados do Inpe, os estados com mais incêndios no momento são Pará, Mato Grosso e Amazonas, mas a fumaça das queimadas vem cobrindo também o céu de Rio Branco (AC). Somente nos seis primeiros dias de setembro, a cidade teve detectados 2.681 focos de foco, sendo 267 na capital. É o maior valor desde 2003, tanto para o estado como para Rio Branco.