Garimpeiros desaparecem em terra indígena Yanomami, no Sul de RR

O garimpeiros desapareceram há 13 dias em Caracaraí - Foto: Divulgação

Dois garimpeiros estão há 13 dias desparecidos na Terra Indígena Yanomami, município de Caracaraí, no Sul de Roraima, segundo familiares. Os primos Renei e Railton Barreto da Silva, de 24 e 26 anos, teriam sumido na região de Catrimani depois de saírem para caçar.


A esposa de Renei, Keila Cunha afirmou ao G1 nesta segunda-feira (29) que o marido e o primo dele foram para o garimpo ilegal há cerca de dois meses. Segundo ela, eles viviam em uma região pequena onde não são registrados conflitos.

“Eles estavam no acampamento e saíram no dia 16 para caçar, mas não voltaram. Ficamos sabendo três dias depois pelo rádio [radiofonia – meio usado para se comunicar na região] que eles ainda não tinham aparecido”, afirmou a dona de casa. A mulher disse estar preocupada porque o marido pode estar sem mantimentos.

A região onde Renei e Railton desapareceram é de mata fechada dentro da reserva indígena Yanomami e de difícil acesso. Keila disse que ela e os familiares já buscaram auxílio do governo do estado e do Ministério Público Estadual solicitando o resgate dos desaparecidos e que aguardam uma posição.

“Estamos muito preocupados e precisamos de ajuda. Precisamos de um avião para ir até lá. Não sabemos mais o que fazer, já são 13 dias”, disse Keila.

O garimpeiros desapareceram há 13 dias em Caracaraí – Foto: Divulgação

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar de Roraima informou que possui equipe preparada para fazer a missão de busca e salvamento. Entretanto, por se tratar de área federal e de conflito entre indígenas e garimpeiros, necessita que um órgão federal disponibilize equipe de segurança para que eles realizem a busca.

“Todavia, a Casa Militar do Governo de Roraima já está trabalhando na logística com a equipe do Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, inclusive com a comunicação oficial a órgãos federais, para fazer as buscas na região dos jovens perdidos na região do Catrimani”, informou o estado.

Segundo o comandante da corporação, coronel Doriedson Ribeiro, no último mês foram registrados diversas mortes e desaparecimentos na região de Catrimani relacionados ao garimpo ilegal, ao conflito entre índios e não índios, e foi registrada, inclusive, a ação de facções criminosas na região.

“Essa é uma situação corriqueira que está acontecendo. Se trata de uma área de reserva indígena, de garimpo ilegal e há a ocorrência de crimes de homicídios com relação a garimpo. É necessária uma força tarefa dos órgãos de segurança pública”, afirmou.

Fonte: G1

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