
O antigo ditado popular “um negócio da China” se aplica, perfeitamente, ao aumento vertiginoso do número de postos de gasolina instalados em Manaus. Eles estão por todos os lados, em cada esquina e continuam a ser inaugurados numa velocidade, que pelo visto, deve ultrapassar o percentual, proporcionalmente, o número de carros que chegam à capital amazonense.
Ao contrário do que se poderia esperar, os benefícios para o consumidor resultante dessa atividade, não existem. Os preços de 98% dos postos são alinhados, ou seja, gasolina, álcool e diesel tem o mesmo preço. Deve ser extremamente lucrativos.

Na economia, esse alinhamento de preço tem o nome de “Cartel”, mas ninguém (parlamentares, empresários, governos) sequer ousam questionar a atividade ilícita. Por vezes, foi anunciado a tentativa de se instaurar uma investigação para apurar a formação de cartel, mas a iniciativa morreu no nascedouro.
Manaus tem um público consumidor crescente. A cada diz novos veículos entram em circulação, necessitando, portanto, de combustível, os postos se beneficiam de uma mão-de-obra barata e matéria prima regular e fornecida regularmente.
Ao contrário do que acontece em outras capitais, onde além de variações no preço do produto, oferecendo alternativas ao consumidor, alguns postos prestam algum tipo de atendimento, gratuitamente, como: limpeza nos vidros dos veículos ou aspiração no interior dos carros, em Manaus nada disto acontece, nem mesmo os calibradores de pneus funcionam.
Independente do tamanho, tanto faz pequenos com quatro bombas, médios com oito e os maiores que chegam até acima d 12 bombas para abastecimento, o investimento desse tipo de negócio parece ser só mesmo na implantação, além do que é cada vez mais comum a existência de lojas de conveniência nesses locais, aumentando as possibilidades de faturamento.
É ou não é um “Negócio da China?”. Pode contar que sim.