Gastos de Frederico Júnior acende o sinal de alerta da Lei de Responsabilidade

Virou chacota: prefeito de Novo Airão gasta dinheiro público como quer foto: recorte

Por Garcia Neto
A gestão do prefeito Frederico Júnior é considerada trágica pela maioria da população de Novo Airão.


Diante de fartas denúncias de irregularidades feitas aos órgãos de controle externo, as contas do prefeito, de dezembro do ano passado e, as do primeiro semestre deste ano, poderão ser examinadas ainda este ano pelos técnicos do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM).

Os gastos com pessoal já ultrapassaram os limites prudenciais e de alerta exigidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que são os sinais que determinam que os gestores adotem providências para reduzir os percentuais exigidos pela lei.

A falta de controle nos gastos vem gerando sérios incômodos e o prefeito fica em dificuldades de colocar em dia o pagamento dos servidores; não consegue sanar compromissos com fornecedores, inclusive, as sérias pendências acumuladas com o funcionamento irregular da Casa de Apoio em Manaus, e corre o risco de fechar as portas.

Já cogitaram dar um corte nas gratificações, reduzir salários, cortar férias e licença prêmio, entre outras iniquidades administrativas. No entanto, o prefeito ainda não pensou na necessidade imperiosa de reduzir despesas, entre elas, com segurança pessoal dele; de cortar a dinheirama repassada aos proprietários de pousadas com vínculos duvidosos com a Prefeitura; de rever aluguéis de veículos desnecessários, reduzir o excesso de diárias e gastos abusivos com combustíveis.

O prefeito sequer refletiu sobre a importância de diminuir o tamanho do município (excesso de cargos, bastante empreguismo); além de ocorrências de licitações com suspeitas de irregularidades.

É uma verdadeira farra com o dinheiro público

Quando Frederico começou a titubear, as pessoas questionavam como seria possível identificar se o atual prefeito poderia ser um bom prefeito.

Para se ter a certeza, seria necessário um prazo de, pelo menos, 100 dias de gestão, para apreciar com mais precisão os resultados de suas movimentações políticas, principalmente, de fomento e de boas relações com outros poderes.

Dentro do prazo previsto, o prefeito tentou convencer a sociedade que poderia governar bem Novo Airão. Até tentou mostrar que tinha características de gestão e de política pública com o olhar social mas, foi apenas um balão de ensaio que só serviu para sondar as tendências da opinião pública.

Para se sustentar na preferência popular, Frederico aderiu ao excesso de mídia para manter a fachada de um prefeito idealizador, no entanto, tudo foi uma farsa, uma grande mentira.

Completados seis meses de gestão, percebe-se nele a incapacidade de gerenciar bem a receita própria do seu município, que nestes cinco meses do ano obteve uma média mensal de pouco mais de R$ 3,l milhões de receita líquida, as quais, somadas aos valores deixados pelo ex-prefeito, poderia contribuir, em muito, para ele ter trabalhado uma agenda para fomentar investimentos no município.

O município registrou, de janeiro a maio deste ano, o recebimento de R$ 15.599.201,37. Há seis meses no comando da Prefeitura, o prefeito Frederico Júnior ainda não adotou medidas para promover o desenvolvimento e conquistar resultados positivos em favor da sociedade.

Sem a adoção de políticas públicas é impossível fomentar serviços e negócios que resultem na criação de novas empresas, de novos postos de trabalho, para dinamizar a economia local. São iniciativas que podem favorecer contratações e criar mais oportunidades no mercado de trabalho no município.

Painel de reclamações – recorte

A falta de zelo com a coisa pública em Novo Airão continua impregnada na gestão do prefeito Frederico Júnior. É como se o dinheiro a ser empregado no bem ou no serviço público não fosse do contribuinte, não tivesse dono.

*Garcia Neto é jornalista e professor

Novo Airão
Demonstrativo da receita líquida, maio 2019, de Novo Airão
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